“Não sei por que Brasil e Argentina têm que fazer comércio em dólar”, questiona Lula na França

direitaonline



Lula (PT) se reuniu, nesta sexta-feira (23), com o presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris. Os dois conversaram sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) e os termos para destravar a negociação final entre as partes.

O petista foi a Paris para participar da Cúpula para o Novo Pacto Global de Financiamento, promovida pelo presidente Macron, nesta quinta e sexta-feira. A cúpula contou com a participação de mais de 300 entidades públicas, privadas ou não governamentais, incluindo mais de 100 chefes de Estado.

No país europeu, Lula voltou a defender o uso de moedas alternativas ao dólar para transações comerciais internacionais. Em Paris, ele disse que irá pautar o debate nas cúpulas do Brics (bloco formado com Rússia, China, Índia e África do Sul), em Johanesburgo, em agosto, e do G20, em Nova Délhi, em setembro.

Ele já propôs a criação de uma moeda única sul-americana com essa finalidade, que também poderia ser usada pelos países-membros do Brics.

Brasil e China estabeleceram neste ano as bases para transações diretas entre real e yuan, sem necessidade de conversão ao dólar.

“Tem gente que se assusta quando eu falo que é preciso a gente criar novas moedas para fazer comércio. Não sei por que Brasil e Argentina têm que fazer comércio em dólar. Não sei por que Brasil e China não podem fazer nas nossas moedas. Por que eu tenho que comprar dólar? Essa discussão está na minha pauta e, se depender de mim, ela vai acontecer na reunião do Brics e também na reunião do G20”, disse Lula ignorando o fato de que não há obrigação a nenhuma nação usar o dólar como moeda padrão, mas que todas o fazem porque assim desejam. Assista abaixo!

 

E veja também: Jornal francês detona Lula em matéria de capa: “decepção, falso amigo”. Clique AQUI para ver.


Fontes: Agência Brasil; Estadão
Foto: reprodução vídeo

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Tensão na Rússia: grupo mercenário ligado ao Kremlin se volta contra Forças Armadas de Putin

Yevgeny Prigozhin, fundador e líder do Grupo Wagner, organização mercenária ligada ao Kremlin que vem atuando na guerra na Ucrânia, lançou uma série de acusações contra os líderes militares russos nesta sexta-feira (23), afirmando que eles vêm enganando o presidente Vladimir Putin tanto sobre as razões da guerra quanto sobre […]