Lula avalia deputado do Psol para Ministro em seu governo

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A recente indicação de Gleisi Hoffmann (PT) para assumir a articulação política do governo reacendeu as discussões sobre o comando da Secretaria-Geral da Presidência, pasta antes cogitada para a própria petista.

Agora, Luiz Inácio Lula da Silva considera substituir o atual titular, Márcio Macêdo (PT), por uma figura conhecida por sua proximidade com movimentos sociais, segundo informações da Folha de S.Paulo. A escolha, caso se confirme, demandará negociações partidárias e ajustes na base aliada.



O nome em análise por Lula é o do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que foi seu candidato à Prefeitura de São Paulo em 2024.

Líder do ‘Movimento dos Trabalhadores Sem Teto’ (MTST), Boulos traria ao cargo sua experiência na ponte com organizações sociais, além de um perfil combativo que ecoa o de Gleisi na Secretaria de Relações Institucionais.



Segundo fontes próximas ao presidente, Lula já teria elogiado Boulos em conversas privadas, chegando a dizer que o considera “mais petista do que alguns filiados ao PT”. Procurado pelo jornal, o deputado não se manifestou sobre o assunto.

A eventual nomeação, porém, esbarra em desafios. O PSOL já comanda o Ministério de Povos Indígenas com Sônia Guajajara, e ceder mais uma pasta ao partido – pequeno em tamanho – poderia gerar desequilíbrio na coalizão.



Dentro do próprio PSOL, uma ala mais crítica ao governo defende distância do Planalto, o que complica o cenário. Uma solução ventilada seria a migração de Boulos para o PT, ideia que aliados dele já incentivam há tempos.

No PT, há quem apoie a escolha: “Eu vejo com bons olhos”, declarou Kiko Celeguim (PT-SP), presidente estadual do partido. “O Boulos tem experiência no diálogo com movimentos sociais, em mobilização. Ele pode levar um espírito de renovação ao Palácio do Planalto. Sem contar que Lula vai colocar alguém com voto ali [no centro do governo]”, completou.



Apesar do respaldo de setores petistas, a troca enfrenta resistências entre alguns ministros, que veem na permanência de Macêdo – tesoureiro da campanha de Lula em 2022 – uma continuidade natural.

Boulos, que integrou o grupo de trabalho de Cidades na transição de governo, chegou a ser cotado para um ministério em 2023, mas a pré-candidatura à prefeitura o afastou da Esplanada na época.



Agora, sua possível ascensão ao núcleo do governo reacende o debate sobre renovação e alianças no terceiro mandato de Lula. E mais: Trump prepara mudança radical no sistema de educação dos EUA. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação Palácio do Planalto; Fonte: Folha de SP)

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