O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, deverá anunciar nesta segunda-feira (6)sua saída como líder do Partido Liberal, segundo informações divulgadas pelo jornal The Globe and Mail neste domingo (5), com base em três fontes ‘confiáveis’. Até o momento desta reportagem, o gabinete do premiê não havia emitido nenhum comunicado oficial sobre o assunto.
Ainda não está definido se Trudeau deixará o cargo imediatamente ou se permanecerá como chefe de governo até que um sucessor seja escolhido.
Trudeau assumiu a liderança liberal em 2015, num período crítico para o partido. Sua eventual saída deixará a sigla sem uma liderança permanente, em um momento delicado, já que pesquisas recentes indicam que os liberais têm grandes chances de serem derrotados pelos conservadores nas eleições programadas para o final de outubro.
Caso confirmada, a renúncia de Trudeau poderá intensificar os pedidos por uma eleição antecipada, com o objetivo de formar um governo que esteja preparado para enfrentar os desafios trazidos pela administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ao longo dos próximos quatro anos.
De acordo com uma das fontes ouvidas pelo jornal, o primeiro-ministro já discutiu com Dominic LeBlanc, ministro das Finanças, a possibilidade de este assumir a posição de líder interino e, consequentemente, de primeiro-ministro. Contudo, a mesma fonte afirmou que essa alternativa seria complicada, caso LeBlanc decida concorrer à liderança do Partido Liberal.
A crise envolvendo o mandato de Trudeau começou em dezembro, quando sua vice-premiê e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, pediu demissão, gerando forte pressão para que o primeiro-ministro também renunciasse. A saída de Freeland agravou a crise política no país.
Desde que chegou ao poder, em novembro de 2015, Trudeau não enfrentava uma turbulência política tão grave. O cenário atual, agravado pelo aumento do custo de vida no Canadá, comprometeu sua popularidade a menos de um ano das eleições gerais.
Além disso, a situação financeira do governo é preocupante. Dados divulgados nesta segunda-feira apontam que as contas públicas registraram um déficit de US$ 43,4 bilhões (R$ 267 bilhões), aumentando ainda mais os desafios enfrentados pelo atual governo. E mais: CEO da Renner acredita que ‘país não está tão mal’ como se vê nos ‘índices de confiança’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: G1)