Santos, 28 de Agosto de 2023 – A cidade de Santos, localizada no litoral de São Paulo, lamenta a perda de Fábio Cordeiro da Silva, um jovem azulejista de 35 anos que faleceu no sábado (26) vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).
Sua trágica partida, entretanto, abriu as portas para um gesto de generosidade que transcenderá sua própria vida: a possibilidade de salvar outras vidas através da doação de órgãos.
Fábio, além de ser um apaixonado jogador de futebol amador, pode ter sido o doador do coração que hoje bate no peito de Fausto Silva, o apresentador renomado.
As circunstâncias que ligam os dois, reveladas pelo Notícias da TV, residem não apenas no mesmo tipo sanguíneo, mas também na intenção antecipada de Fábio em ser um doador de órgãos. Uma nobre disposição que ecoa a vontade de estender a vida para além de sua própria existência.
A morte cerebral de Fábio foi confirmado pelos profissionais de saúde na manhã de sábado, nas instalações da Casa de Saúde de Santos, situada nas proximidades do clube Portuguesa Santista. Este último, solidário com a causa, autorizou o pouso de helicópteros para transportar os órgãos do jovem para outros que necessitavam de uma segunda chance.
A identidade do doador e do receptor permanece em sigilo, uma prática amparada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por gerir a fila de transplantes. No entanto, a trama de conexões entre o altruístico ato de Fábio e a possível vida renovada de Fausto Silva se desenha como um testemunho da bondade humana e da capacidade de transformar tragédias em esperança.
Flávio Cordeiro da Silva, irmão de Fábio, compartilhou com o G1: “Todo domingo ele estava jogando. Vai ajudar de 12 a 20 pessoas, são 20 famílias ficando felizes.” O amor pelo futebol se alinha à paixão por oferecer uma segunda chance a outros que aguardam por uma luz no fim do túnel. A Record também conversou com a família do potencial doador, em uma entrevista que será transmitida no Balanço Geral SP nesta segunda-feira (28).
Fábio, também conhecido como “Esquerdinha” entre seus colegas, era um atleta amador que recentemente precisou se afastar dos campos por questões de saúde. Ele, que residia em Mongaguá, deixou sua marca em clubes da região, como Praia Grande, Itanhaém e São Vicente. Seu repertório de destreza como jogador canhoto era uma característica que o distinguia.
O infortúnio de Fábio aconteceu na última quarta-feira (23), enquanto ele, que era azulejista, desempenhava seu ofício em um apartamento em Santos. Vestindo seu capacete de trabalho e com uma mochila nas costas, ele se preparava para deixar o local quando sofreu o AVC. Mesmo tendo sido encontrado consciente na quinta-feira (24), ele não resistiu às complicações e passou por uma cirurgia cerebral na Casa de Saúde de Santos, onde posteriormente veio a falecer.
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