As montadoras já contabilizam 30 mil veículos importados parados nos pátios, aguardando liberação dos documentos pelos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), que avançam rumo ao terceiro mês de paralisação. Há dez dias, eram 18 mil. A reportagem é do jornal Folha de São Paulo.
O problema afeta, principalmente, as fabricantes de carros elétricos da chinesa BYD e compromete a operação de Stellantis, Volkswagen, Toyota e GWM.
Na importação de veículos, o Ibama faz a liberação da licença de importação, atestando que eles seguem os padrões ambientais exigidos.
Os servidores do Ibama alegam que a carreira não tem sido valorizada pelo governo Lula (PT), mesmo mantendo as reclamações ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as reivindicações de agora, estão um novo plano de carreira, aumento de salário e melhores condições de trabalho para o setor.
Os servidores do Ibama anunciaram, no primeiro dia de 2024, uma paralisação como forma de pressionar o governo por reajuste salarial.
Em carta intitulada “Suspensão das atividades de campo e concentração em tarefas burocráticas internas”, os funcionários afirmam que decidiram adotar a chamada operação padrão por não terem tido respostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos sobre a reestruturação das carreiras do órgão ligado à pasta do Meio Ambiente.
A paralisação também impacta o processo de licenciamento ambiental. Segundo um levantamento da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do PECMA (ASCEMA Nacional), houve uma queda de 65% nas licenças ambientais emitidas pelo IBAMA em janeiro, primeiro mês da greve.
Após reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) nessa quarta-feira (28), governo e servidores públicos do Executivo não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial para 2024. O governo manteve apenas o reajuste de 9% para 2025 e 2026, fracionados em parcelas de 4,5%. Para este ano, no entanto, o Ministério da Gestão e da Inovação afirma que precisa de mais tempo para avaliar a arrecadação federal, condicionante para o reajuste.
As centrais sindicais e os representantes dos funcionários públicos do Executivo Federal reivindicam um reajuste de no mínimo 7%. E mais: Moraes ignorou parecer da PGR contrário a prisão de empresários. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação BYD; Fontes: Folha de SP; Congresso em Foco; Clima Info)