Governo Lula suspende importação de arroz após países subirem 30% valor do grão

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspendeu o leilão para a importação de arroz do Mercosul, que estava programado para esta terça-feira, 21 de maio. A compra do alimento foi tomada sob a justificativa de evitar uma possível escalada de preços no mercado nacional devido às enchentes no Rio Grande do Sul, que têm prejudicado o escoamento da safra colhida.

Segundo informações preliminares da GloboNews, o motivo da suspensão foi um aumento de 30% no valor do arroz comercializado pelos países vizinhos desde a publicação do edital na última quarta-feira, 15 de maio. Veja abaixo!

 

O Broadcast Agro, do Estadão, também relatou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou às Superintendências Regionais, bolsas de mercadorias e demais interessados que uma nova data para o leilão será anunciada oportunamente, sem esclarecer os motivos do cancelamento.

Gedeão Silveira Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, afirmou que os países do Mercosul “enlouqueceram” após o anúncio do leilão, devido a uma simples questão de “mercado, de oferta e procura”.

Ele destacou que a compra de arroz importado era desnecessária no momento, pois, mesmo com a quebra de produção causada pelas enchentes, o Rio Grande do Sul ainda deve colher as mesmas 7,1 milhões de toneladas da safra do ano passado.

“Como o Brasil normalmente importa [dos países do Mercosul, por uma questão contratual do bloco] e o resto do país também produz mais 3,5 milhões de toneladas, somando aos 7 milhões do Rio Grande do Sul, nós iríamos a 10,5 milhões de toneladas. O consumo é de 11 milhões de toneladas, e o Mercosul já vinha normalmente colocando o seu arroz no mercado brasileiro”, afirmou Pereira em entrevista à GloboNews. Ele acrescentou que não vê motivo para a importação e que o governo estava atrapalhando o setor ao propor este leilão.

Segundo Pereira, o problema atual é logístico, devido ao impacto das enchentes nas rodovias do estado e nas operações do sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas, afetado pelo alagamento da repartição responsável.

A Conab planejava adquirir 104 mil toneladas de arroz importado, beneficiado e polido da safra 2023/2024, que seriam distribuídas a pequenos varejistas das regiões metropolitanas, com o preço final ao consumidor de até R$ 4 por quilo.

A primeira remessa seria destinada a São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia, em embalagens de 2 kg padronizadas com a logomarca do governo federal. E mais: Lula é vaiado por parte dos prefeitos na ‘Marcha dos Municípios’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Gazeta do Povo)

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