O governo do Chile convocou, nesta segunda-feira (29), o embaixador do Brasil em Santiago em protesto contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o presidente socialista Gabriel Boric, a quem acusou de queimar o metrô. A informação é de Antonia Urrejola, a ministra das Relações Exteriores do país.
Segundo o jornal chileno “La Tercera”, foi enviada uma citação ao embaixador do Brasil em Santiago, Paulo Soares Pacheco, para apresentar uma nota formal de protesto. “Consideramos essas acusações (de Bolsonaro) gravíssimas. Obviamente são absolutamente falsas e lamentamos que em um contexto eleitoral as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas por meio da desinformação e das notícias falsas”. “Lula apoiou o presidente do Chile também. O mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs lá no Chile. Para onde está indo o nosso Chile?”, afirmou o presidente Bolsonaro em sua fala final do debate. De acordo com o “La Tercera”, quando Boric soube das declarações de Bolsonaro, ele procurou sua ministra Urrejola para, com ela, pensar em como responder.
Segundo o jornal, dirigentes de governo antes dessas declarações já havia sinais de hostilidade contra a gestão de Boric. O Chile indicou quem deveria ser o embaixador em Brasília há mais de 5 meses (Sebastián Depolo), e o governo brasileiro ainda não deu uma resposta. Em linguagem diplomática, possivelmente isso indica que o nome foi recusado. E veja também: Caiu de novo: Petrobras reduz preço da gasolina de aviação pela 2ª vez no mês. Clique AQUI para ver.
