O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou para baixo suas projeções para o déficit primário da economia brasileira em 2024. Em relatório divulgado hoje, o fundo atualizou o dado de 0,2% para 0,6% do PIB. Clique AQUI para assistir a divulgação do resultado na íntegra (em inglês).
As perspectivas para os anos subsequentes também se deterioraram. O superávit de 0,2% esperado para 2025 foi ajustado para um déficit de 0,3%. Agora, o FMI estima que o Brasil só atingirá um déficit zero em 2026 e registrará seu primeiro superávit, de 0,4%, em 2027.
“O caminho de consolidação fiscal das autoridades [brasileiras] visa a uma melhoria na posição da política fiscal no médio prazo, mas a incerteza quanto ao futuro permanece”, afirmou Vítor Gaspar, diretor do departamento de assuntos fiscais do FMI, em coletiva de imprensa.
A avaliação é que o elevado endividamento e os custos incertos de financiamento da dívida pública exigem do Brasil políticas fiscais e gestão de dívida mais “prudentes”.
Essas projeções contrastam com as do Ministério da Fazenda. Na segunda-feira, o ministro Fernando Haddad confirmou que a meta de superávit de 0,5% no próximo ano não será alcançada, mas afirmou que o objetivo é zerar o déficit.
No que diz respeito à dívida bruta do Brasil, o FMI melhorou suas previsões. Anteriormente, estimava-se um percentual de 90,3% do PIB para este ano e 92,4% para o próximo. Agora, projeta-se 86,7% e 89,3%, respectivamente.
Embora a trajetória continue ascendente nos próximos anos, o fundo prevê um aumento mais gradual, atingindo 93,9% do PIB em 2029, um percentual inferior aos 96% estimados anteriormente para o mesmo ano. E mais: André Mendonça dá bronca em advogada em audiência com governador de MT: ‘A senhora não tem decoro’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Folha de SP)