Os Estados Unidos teriam feito pedido ao Brasil para que o presidente Bolsonaro cancele a viagem à Rússia onde terá encontro com Wladimir Putin. Além disso, o país norte-americano quer que o Brasil reforce sua posição contrária à possibilidade da Rússia de invadir a Ucrânia. As informações são do diário Poder360. A ida de Bolsonaro à Rússia está agendada para os dias 14 e 17 deste mês.
Moscou mantém cerca de 100 mil militares a postos na fronteira com a Ucrânia. O país quer compromisso mais efetivo da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de não incluir esse país entre seus membros, entre outras reivindicações.
Segundo o diário, o chanceler brasileiro, Carlos França, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, tiveram conversa ao telefone, quando trataram da questão internacional.
Na conversa, Carlos França afirmou que posição do governo brasileiro continua assentada na tradição diplomática do Brasil: em favor de solução diplomática duradoura para as tensões, por meio do engajamento com real vontade política pelas partes.
Além da viagem em si, outro motivo que teria ocasionado a ligação entre os chanceleres foi o discurso do embaixador brasileiro junto às Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil é membro não-permanente desde o início deste ano e sempre pleiteou uma vaga fixa na comissão da ONU.
Na ocasião, Costa acentuou ser “imperativa a aplicação dos princípios da Carta das Nações Unidas de forma não seletiva”. E deixou clara a aversão do Brasil à aplicação de sanções unilaterais e às ações militares. “Há espaço para se restaurar a confiança e encontrar uma solução diplomática duradoura. Precisamos de vontade política e de genuíno compromisso entre as partes”, afirmou.
Na semana passada, o presidente Bolsonaro afirmou, em conversa com apoiadores, que a viagem estava agendada e que o presidente Russo, Wladimir Putin, é conservador. Nos últimos tempos, o chefe russo tem dado diversas declarações contrárias às pautas recentes da esquerda globalista.
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