Estudante de matemática que violentou e matou aluna da UFPI é condenado a 18 anos de prisão

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O julgamento de Thiago Mayson da Silva Barbosa, acusado de estuprar e assassinar a estudante de jornalismo Janaína Bezerra, de 21 anos, dentro do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, resultou em uma sentença de 18 anos e seis meses de prisão. O trágico crime aconteceu em janeiro deste ano e chocou a comunidade acadêmica e a sociedade em geral.

O veredito foi proferido na madrugada de sábado (30) após o júri popular do caso ter ocorrido na sexta-feira (29). O juiz Antônio Reis de Jesus Nolleto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, presidiu o julgamento.

O Ministério Público do Piauí havia solicitado uma pena máxima de 50 anos para Thiago, que à época do crime era mestrando em matemática na UFPI. O condenado foi considerado culpado pelos crimes de homicídio, vilipêndio ao cadáver (por ter estuprado Janaína após a sua morte), fraude processual (por tentar alterar provas do crime) e estupro de vulnerável.

No entanto, o júri popular, composto por quatro homens e três mulheres, optou por não adicionar as qualificadoras de “feminicídio” e “meio cruel” ao homicídio da jovem, apesar do pedido do Ministério Público. As qualificadoras são elementos que, quando presentes em um crime, podem agravar a pena do condenado, de acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).


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A família de Janaína expressou sua insatisfação com a sentença e anunciou que pretende recorrer da decisão. Florence Rosa, a advogada da família da vítima, manifestou preocupação com a exclusão das qualificadoras e afirmou que a expectativa era de uma pena mais severa, de até 70 anos. Até o momento, o UOL não conseguiu entrar em contato com a advogada Rosa.

O julgamento de Thiago ocorreu após dois adiamentos. O primeiro estava agendado para 17 de agosto do mesmo ano, mas teve que ser adiado devido à falta de quórum, uma vez que 12 testemunhas da UFPI não compareceram. A nova data foi marcada para 1º de setembro, mas também precisou ser remarcada porque o advogado de Thiago, Ércio Quaresma, não compareceu à sessão.

O pai de Janaína, Adão, demonstrou sua insatisfação com a pena imposta e questionou a decisão judicial, afirmando que planeja recorrer da condenação.

O advogado Ércio Quaresma Firpe informou que o caso está em segredo de justiça, mas revelou que já recorreu da condenação pelos crimes de vilipêndio ao cadáver, fraude processual e estupro de vulnerável, mantendo apenas a condenação por homicídio. Firpe também criticou a atuação do Ministério Público, alegando que a assistência fez “pirotecnia danada” e a acusou de conceder entrevistas durante o julgamento. Além de Firpe, as advogadas Jéssica Teixeira e Carolina Barroso atuaram na defesa de Thiago.

A sentença marca um desfecho em um caso que comoveu a população de Teresina e gerou debates sobre a justiça no Brasil. A família de Janaína Bezerra e a defesa de Thiago Mayson da Silva Barbosa continuam a batalha legal nos tribunais em busca de um veredito que considerem justo.


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Fonte: UOL
Foto: reprodução redes sociais

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