E-mail ‘lulalivre’ era usado por membro do PCC que planejava matar Moro

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Um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), que planejava assassinar o senador Sergio Moro (União-PR) e outras autoridades, usava o e-mail “lulalivre1063@icloud.com” para se comunicar com os comparsas, uma referência a Lula. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, neste sábado (25).

Além da quebra de sigilo dos aparelhos dos membros da facção, a Polícia Federal (PF) pediu às operadoras todas as informações de cadastro das linhas telefônicas. Os dados incluem código do chip, o chamado IMEI, e endereços de e-mail. Um deles é o ‘lulalivre1063’, indica a reportagem do jornal Paulista.

A PF acredita que as contas de e-mail vinculadas aos aparelhos sejam de terceiros, o que seria uma estratégia para não deixar rastros que levassem até os criminosos. “A equipe policial ponderou que em diversas investigações realizadas, foi verificada a cessão, empréstimo ou fornecimento de dados pessoais a terceiros por pessoas que possuem envolvimento fatos criminosos. Tais dados por sua vez, são utilizados para abertura de contas, cadastro de linhas telefônicas, registro de veículos, entre outros”, explica a juíza Gabriela Hardt, da 9.ª Vara Federal de Curitiba, na decisão que autorizou a prisão dos suspeitos.

A investigação também cruzou dados de geolocalização dos celulares e descobriu que um dos membros da facção circulou perto de endereços ligados a Moro em Curitiba no final do ano passado. O PCC alugou imóveis no Paraná, que segundo a PF foram usados como base para organização e execução do plano.

Foi uma testemunha (que hoje conta com proteção) que revelou o plano da quadrilha à PF. Com isso, a instituição conseguiu ter acesso às mensagens e às agendas telefônicas dos envilvidos. Essas informações levaram à instauração de um inquérito policial, que teria o objetivo de aprofundar a investigação.

Trocas de e-mail, mensagens de WhatsApp e telefonemas confirmaram a intenção dos criminosos de atacar o ex-juiz. Um núcleo específico do PCC, chamado Restrita, seria o responsável pela operação.

Uma das imagens divulgadas pela PF mostra Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, pedindo que Aline de Lima Paixão salve alguns códigos no celular dela. “Para não esquecer”, justificou o criminoso. “Flamengo” é o código para “sequestro”, “Fluminense” é o código para “ação”, “Tokyo” é o código para “Moro” e “México” é o código para “Mato Grosso do Sul”.

Em outra imagem revelada pel PF, uma página de caderno traz diversas informações a respeito de Sergio Moro. Até mesmo o e-mail dos filhos era de conhecimento dos criminosos. “Importante destacar que as anotações não se referem apenas ao Senador, mas à sua esposa e filhos, indicando que eles também podem ser alvo dos criminosos.”, ressalta a Polícia Federal. Clique AQUI para ver toda a representação da PF sobre o caso Moro.

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