Católicos devem obedecer a Deus, não à nova ordem mundial, diz cardeal Müller

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“Católicos devem obedecer a Deus e não àqueles que propõem o big reset ou great reset (a grande reinicialização) ou a nova ordem mundial”, disse o cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Em entrevista a Alejandro Bermúdez no programa Cara a Cara, da rede de televisão católica EWTN, o cardeal Müller disse que “temos que obedecer à Palavra de Deus e não às reflexões variáveis dos homens dominantes”, com ideias como as do “big reset, da nova ordem mundial”.

O big reset ou great reset é uma proposta que surgiu do Fórum Econômico Mundial, também conhecido como Fórum de Davos, que visa repensar “o estado futuro das relações globais, os rumos das economias nacionais, as prioridades das sociedades, a natureza dos modelos de negócios e a gestão de um bem comum global”. Essas ideias retomam a abordagem feita há alguns anos pelo mesmo Fórum de Davos da necessidade de uma “nova ordem mundial”.

Hoje, disse ele, “pessoas muito ricas” que “têm muito sucesso na economia, super milionários”, como o fundador da Microsoft, Bill Gates, afirmam saber “mais sobre antropologia, sobre história da filosofia”. No entanto, “eles não estão em posição de falar filosoficamente”, disse o cardeal.

Diante da “confusão” de ideologias misturadas com o cristianismo que estão presentes no mundo de hoje, Müller disse: “Creio em Jesus Cristo, o Filho de Deus que é a Verdade. Todas as verdades naturais têm seu centro na Verdade sobrenatural que é Jesus Cristo, a Verdade e a Graça”.

Isso, disse, é especialmente importante “neste mundo do relativismo”, que impõe a ideologia de gênero, e que procura “um pensamento único, todos têm de pensar a mesma coisa que o Fórum Econômico de Davos”.
“E aqueles que não pensam e falam como eles, como os líderes da opinião pública, são atacados, dizem que são de direita, ou são nazistas ou (promovem) uma teoria da conspiração”, denunciou.

“Eles atacam pessoalmente, difamam pessoalmente todos aqueles que não estão neste pensamento único”, acrescentou. Müller lembrou que “durante muito tempo”, desde o imperador Constantino, o mundo ocidental viveu em uma sociedade e cultura predominantemente cristãs.

“Mas a partir do Iluminismo, começou um movimento totalmente anticristão”, disse ele, houve “essa fratura na tradição cristã”, com o aparecimento de “grandes ideologias ateístas do nacional-socialismo, fascismo e comunismo na Europa”.

No entanto, disse, “em outras partes do mundo o cristianismo nunca foi a maioria”, como em regiões predominantemente muçulmanas ou em partes da Ásia. Lá, ele disse, “os cristãos sempre tiveram essa experiência de ser uma minoria”.

“Essa também será nossa experiência no Ocidente, de nos tornarmos mais ou menos uma minoria de crentes. Muitos católicos segundo o costume, mas sem conteúdo, sem aquela substância de fé”, disse.

“Esses valores nós temos que defender. Não só a tradição cristã, a Revelação, a fé sobrenatural, mas também os valores naturais: a dignidade de todos os homens contra o aborto, contra a inseminação artificial, onde o homem, o bebê, é só um produto das manipulações e não um dom de Deus”, concluiu.

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Fonte: ACI Digital

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