Brasil cria 155 mil empregos formais em maio, queda de 44% em relação a 2022

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O Brasil registrou, no mês de maio, saldo positivo de 155.270 empregos com carteira assinada. O resultado se explica pela diferença entre os 2.000.202 de admissões e pouco mais de um 1.844.932 de desligamentos.

Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quinta-feira (29).
O resultado representa queda em relação a maio do ano passado, quando foram criados 277,73 mil empregos formais. O recuo foi de 44% nesta comparação.

Nos primeiros cinco meses do ano foram criados 865 mil postos de trabalho, alcançando um estoque de mais de 43 milhões de empregos formais no país.

O número representa recuo de 21,5% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram criadas 1,1 milhão de empregos com carteira assinada.

• Ao final de maio de 2023, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 43,3 milhões de empregos com carteira assinada.
• O resultado representa aumento na comparação com abril deste ano (43,15 milhões) e com maio de 2022 (41,52 milhões).

Culpa dos outros
Apesar dos números positivos, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o resultado ficou abaixo da expectativa, que era de 180 mil empregos. Mais uma vez, o governo culpou a taxa de juros adotada pelo Banco Central.

“O que frustrou um número ainda melhor – o número é positivo, temos de lembrar isso, 155 mil não é desprezível de saldo positivo para o mês de maio – porém as nossas previsões eram para números ainda maiores. Trabalhávamos com a previsão mínima da ordem de 180 mil empregos. E é flagrante o que leva a esse processo. É exatamente ausência de crédito e, portanto, a ausência de crédito está vinculada diretamente aos juros praticados.”

O ministro responsabilizou as autoridades monetárias não só pelo resultado abaixo do esperado como por sacrificar as contas do país.

“Eu responsabilizo as autoridades, que teriam de ter já iniciado um processo de redução dos juros do país. Os juros praticados, portanto, não se justificam. Na medida que você sacrifica, não somente empregos, está sacrificando as contas também, porque significa que a União tem de pagar mais juros. Ou seja, nós estamos queimando oportunidades de geração de emprego, queimando oportunidades de ter as contas mais saudáveis.”

Recorte estadual
O saldo positivo foi registrado em 23 dos 27 estados brasileiros, com destaque para São Paulo, com 50 mil empregos criados, seguido de Minas Gerais (26 mil), e Espírito Santo (13 mil).

As maiores perdas foram registradas em Alagoas, com saldo negativo de 8 mil empregos, e Rio Grande do Sul, menos 2,5 mil.

Recorte setorial
O setor de serviços apresentou o maior crescimento, de 54% no mês. Um saldo de 83 mil vagas, seguido da construção civil, com 27 mil.

Completam a lista, a agropecuária, com 19 mil novos postos, e comércio e indústria, com abertura de 15 mil vagas.
Recorte por gênero
Em um recorte por gênero, o Caged do mês de maio revela que foram gerados 65 mil postos de trabalho para mulheres e quase 90 mil para homens.

Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.004,57 em maio deste ano, o que representa queda real (descontada a inflação) em relação a abril desse ano (R$ 2.022,83).

Na comparação com maio de 2022, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 1.969,02. E veja também: Homem que sequestrou e violentou garota de 12 anos fez postagem contra a frase “pintou um clima”. Clique AQUI para ver.


Fontes: Agência Brasil; G1
Foto: Agência Brasil

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