O ex-presidente Jair Bolsonaro disse, nessa terça-feira (14), que retornará ao Brasil em março com o objetivo de liderar a oposição a Lula (PT). O anúncio foi feito em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Journal.
Bolsonaro indicou que é “o líder nacional da direita”, uma vez que “não há mais ninguém neste momento” que possa ocupar o seu lugar, sublinhando que “o movimento de direita não está morto e continuará vivo”.
Nesse sentido, explicou que vai trabalhar, junto com parlamentares e governos estaduais, na promoção de políticas pró-empresariais, no combate ao aborto e ao controle de armas.
Sobre a derrota nas eleições presidenciais, Bolsonaro afirmou que “perder faz parte do processo eleitoral”, mas criticou o TSE. “Não estou dizendo que houve fraude, mas o processo foi tendencioso”, disse ele ao WSJ.
Da mesma forma, Bolsonaro afirmou que, na atual situação do Brasil, qcorre o risco de ser preso quando voltar ao país: “Um mandado de prisão pode surgir do nada”, disse ao jornal.
Ele voltou a rejeitar sua relação com os atos de ‘8 de Janeiro’. “Eu nem estava lá e querem me culpar”, criticou, acrescentando que não foi um golpe de estado: “Que golpe? Onde estava o comandante? Onde estavam as tropas, onde estavam as bombas?”, questionou.
Além de falar sobre a invasão da Praça dos Três Poderes, Bolsonaro afirmou que, ao retornar ao Brasil, irá apoiar candidatos conservadores. No entanto, declarou estar indeciso se concorrerá ou não à Presidência da República novamente. Segundo o ex-presidente, o trabalho foi “muito mais difícil” do que ele imaginava.
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