Atentado mata blogueiro de guerra russo

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A Rússia acusou nesta segunda-feira (3) a Ucrânia de organizar o assassinato de um conhecido blogueiro de guerra russo em um café de São Petersburgo e prendeu uma jovem (também russa) que foi mostrada em um vídeo da polícia admitindo ter plantado a bomba que o matou e feriu mais de 30 pessoas.

A Ucrânia, que não assumiu a responsabilidade pelo ataque de domingo, culpou o “terrorismo doméstico” pelo assassinato de Maxim Fomin, blogueiro militar russo e entusiasta da invasão russa da Ucrânia, que se autodenominava Vladlen Tatarsky.

Darya Trepova (foto abaixo), de 26 anos presa por seu assassinato, confessou em um vídeo divulgado pelo Ministério do Interior que plantou a bomba que o matou. Porém, reportagens da mídia russa disseram que ela havia dito aos investigadores que havia sido incriminada e não sabia que carregava uma bomba.

 

 

O assassinato de Tatarsky é o segundo assassinato em solo russo de uma figura intimamente ligada ao conflito na Ucrânia, depois do carro-bomba que matou Darya Dugina, filha do ideólogo Aleksandr Dugin, nos arredores de Moscou no verão passado. A Rússia também acusou a Ucrânia na época. Kiev negou envolvimento.

Com mais de 500.000 seguidores no serviço de mensagens Telegram, popular na Rússia, Tatarsky – que lutou na Ucrânia no passado – misturou mensagens de apoio à invasão russa com críticas à forma como Moscou está realizado o que ele chamava de “operação militar especial” em Ucrânia.

O Comitê Nacional Antiterrorismo da Rússia (NAC) disse que os serviços de inteligência da Ucrânia organizaram o atentado com a ajuda de apoiadores do crítico do Kremlin preso, Alexei Navalny. Os aliados de Navalny, que fugiram para o exterior desde que seu movimento foi classificado como extremista pelo Kremlin, rejeitaram a acusação, dizendo que é mais provável que os próprios serviços de inteligência da Rússia estejam por trás do assassinato.

A porta-voz do Ministério do Interior, Irina Volk, disse que Trepova foi presa em um apartamento alugado em São Petersburgo como parte de uma operação da polícia e do serviço de segurança FSB. O marido de Trepova disse à mídia russa que um amigo dele que alugava o mesmo apartamento foi detido.

O Kremlin chamou o assassinato de Tatarsky de “ato terrorista”, citando a declaração do NAC como prova de que a Ucrânia pode estar por trás do assassinato. “A fase ativa da investigação está em andamento”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres. “Vemos medidas bastante vigorosas para deter suspeitos. Sejamos pacientes e aguardemos os próximos comunicados de nossos serviços especiais, que estão trabalhando nisso.”


Fonte: Reuters
Fotos: reprodução redes sociais; reprodução vídeo

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