Assassinatos seguem em queda em 2022

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O número de assassinatos no país continua em queda em 2022. Os dados foram compilados e divulgados pelo portal G1, nessa sexta-feira (2), com base em informações oficiais dos Estados brasileiros e do Distrito Federal.

Foram 30,2 mil assassinatos nos primeiros nove meses deste ano, o que representa uma queda de 3% em relação ao mesmo período de 2021, sendo que o ano passado teve em queda em relação a 2020.

Foram contabilizados pelo veículo: homicídios dolosos (incluindo os feminicídios); os latrocínios (roubos seguidos de morte); e as lesões corporais seguidas de morte. Na média, 11 pessoas morreram assassinada por dia no Brasil, número alto se comparado às nações desenvolvidas, mas muito melhor quando se olha para o histórico brasileiro.

O país já chegou a ter cerca de 60 mil homicídios por ano, terrível taxa registrada em 2002 e novamente em 2014. Isso dá aproximadamente 164 mil mortes violentas por dia.

De acordo com a reportagem, houve 30,2 mil assassinatos nos primeiros nove meses deste ano, o que significa mais de mil mortes a menos que no mesmo período de 2021. Entretanto, na contramão do país, 11 estados registraram alta nas mortes.

A queda mais expressiva foi a da região Nordeste, com uma diminuição de quase de 5%. Foram mais de 700 mortes a menos, puxadas principalmente pela Bahia (-11% de mortes) e pelo Ceará (-8%). Vale notar que três estados da região tiveram alta: Piauí (9%), Alagoas (7%) e Pernambuco (2%).

Já a região Sudeste teve uma queda de 4% nos primeiros nove meses do ano. No balanço semestral, o Sudeste tinha sido a região com a maior queda, de 7% — mas o terceiro semestre do ano teve um aumento considerável de mortes em Minas Gerais (9%) e em São Paulo (11%), o que fez com que a queda da região desacelerasse no apanhado geral.

De acordo com os dados, no Centro-Oeste, os indicadores são puxados por Mato Grosso (13%) e Mato Grosso do Sul (5%), estados marcados por conflitos nas fronteiras. Já no Sul, Rio Grande do Sul e Paraná tiveram aumento nas mortes de 2% e 6%, respectivamente.

O Norte teve uma queda de 3% entre janeiro e setembro deste ano — mas chama a atenção que a região comporta dois extremos do país: os estados com a maior alta e com a maior queda de mortes do país.

De um lado, está o Amapá, estado que teve uma redução de 34% de assassinatos em comparação com o ano passado. Foram 242 casos em 2021, contra 159 neste ano. No outro extremo do país, está Rondônia, estado com o maior aumento de violência em 2022 até setembro: 29%.

Taxas por 100 mil habitantes
Veja abaixo as taxas de mortes por 100 mil habitantes de cada estado, da maior para a menor.

• Pernambuco: 26,3
• Bahia: 25,3
• Alagoas: 24,7
• Amazonas: 24,3
• Ceará: 24,2
• Rio Grande do Norte: 22,7
• Rondônia: 22,1
• Paraíba: 20,8
• Roraima: 20,2
• Pará: 19,6
• Tocantins: 19,2
• Maranhão: 18,9
• Mato Grosso: 18,8
• Espírito Santo: 18,4
• Amapá: 18,1
• Sergipe: 18,1
• Piauí: 18
• Acre: 16,1
• Paraná: 13,3
• Rio de Janeiro: 13,3
• Mato Grosso do Sul: 12,8
• Goiás: 12,4
• Rio Grande do Sul: 11,3
• Minas Gerais: 8,8
• Distrito Federal: 7,2
• Santa Catarina: 6,4
• São Paulo: 5,2

Para efeito de comparação, a taxa de homicídios em Portugal e Espanha de 2017 era de 0,7 assassinatos a cada 100 mil habitantes. Alemanha, Suécia, Bélgica, França, Dinamarca e Reino Unido têm taxas que variam de 1 a 1,3 mortes/100mil. Até a vizinha Argentina tem números melhores: 5,1.

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