O caso envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e a família Mantovani ganhou novos desdobramentos com o depoimento das partes à Polícia Federal em São Paulo.
De acordo com informações divulgadas pela imprensa, o ministro alegou ter sido vítima de duas investidas dos Mantovani no aeroporto de Fiumicino, no dia 14 de março, onde teria ouvido impropérios relacionados a fraudes eleitorais e questionamentos sobre sua atuação.
Contudo, o criminalista Ralph Tórtima Filho, representante da família Mantovani na investigação, apontou uma “curiosa inovação” no relato do ministro à Polícia Federal.
Segundo Tórtima Filho, em posicionamento ao jornal O Estado de São Paulo, no inquérito inicialmente aberto com base na representação feita pelo ministro, não foram mencionadas as ofensas que agora são relatadas nos depoimentos formais prestados por Alexandre de Moraes e sua família.
“O que se pode dizer, de forma objetiva, é que nenhuma das ofensas agora divulgadas, envolvendo fraude às urnas ou interferência no resultado eleitoral, constou da representação ofertada pelo ministro Alexandre de Moraes, elaborada imediatamente após os fatos”, argumentou Tórtima Filho. “Trata-se de uma curiosa inovação.”
O advogado argumenta que é preciso aguardar o acesso aos depoimentos da família Moraes antes de fazer qualquer manifestação a respeito do assunto.
Durante os depoimentos à Polícia Federal, o ministro e seus familiares também trouxeram acusações contra os Mantovani, porém, a defesa destes afirmou que eles mantêm firmemente suas versões sobre o ocorrido e alegam que as imagens do aeroporto de Roma corroborarão suas declarações, reiterando que não houve ofensa direcionada a Alexandre de Moraes.
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