O Banco Central (BC) realizou, na manhã desta segunda-feira (16), a venda de US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio, sendo US$ 1,6 bilhão em operações à vista e US$ 3 bilhões em um leilão de linha, com compromisso de recompra. Apesar da ação, o dólar apresentou leve alta nos primeiros negócios do dia. Clique AQUI para nos apoiar!
Detalhes das operações
No leilão de venda à vista, 18 propostas foram aceitas, somando US$ 1,627 bilhão a uma taxa de corte de US$ 6,01, segundo informações do Departamento das Reservas Internacionais (Depin). Já o leilão de linha, realizado entre 10h20 e 10h25, movimentou US$ 3 bilhões, com compromisso de recompra em 6 de março de 2025. Nesta operação, o BC aceitou seis propostas, com uma taxa de corte de 6,0357%.
Atuações recentes do BC
As intervenções no câmbio não são novidade. Desde a semana passada, o BC tem intensificado essas operações. Na última quinta-feira (12), foram vendidos US$ 4 bilhões em dois leilões de linha, e, na sexta-feira (13), US$ 845 milhões foram comercializados em outra operação semelhante — a primeira desde 30 de agosto.
Embora a venda de dólares costume impactar o valor da moeda americana frente ao real, o mercado não reagiu como esperado. Às 10h10, o dólar registrava alta de 0,04%, sendo negociado a R$ 6,037, valor inferior aos R$ 6,08 observados antes da intervenção inicial do BC.
Diferenças na gestão do câmbio
Sob o governo Bolsonaro, o Banco Central realizou 113 intervenções no mercado à vista em quatro anos, com o objetivo de conter a valorização do dólar. Já na gestão atual, liderada pelo presidente Lula, a primeira atuação ocorreu apenas em setembro deste ano, demonstrando uma abordagem menos frequente.
Leilões no final do ano e reservas internacionais
Os leilões de linha são comuns nos últimos meses do ano, quando a demanda por dólares aumenta devido à necessidade das casas de câmbio e de turistas planejando viagens internacionais. Atualmente, as reservas internacionais do Brasil superam US$ 360 bilhões, servindo como uma espécie de “colchão de segurança” para o país, garantindo a estabilidade do mercado cambial e reduzindo a volatilidade do real.
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