O Supremo se corrigiu nesta terça-feira (16) e esclareceu que decisão de Alexandre de Moraes não proíbe encontros entre o ex-presidente Bolsonaro e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O tribunal esclareceu que a decisão se aplica aos investigados da fase mais recente da ‘Operação Última Milha’, que apura suposto monitoramento irregular da Abin durante a gestão de Ramagem. Nem Bolsonaro nem Ramagem foram alvos dessa etapa específica, embora sejam investigados em outros inquéritos relacionados. Inicialmente, o STF havia determinado que os investigados desses outros inquéritos também não poderiam se comunicar, mas essa posição foi revisada.
Ramagem, pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, conta com o apoio de Bolsonaro, para quem a cidade é um reduto eleitoral estratégico. A proibição judicial de comunicação entre Ramagem e Bolsonaro complicaria a articulação da campanha eleitoral, visto que o ex-presidente é considerado o principal apoio de Ramagem e certamente participaria de seus eventos de campanha.
As convenções partidárias, que oficializarão os candidatos, estão previstas para começar no sábado (20), conforme o calendário eleitoral. No entanto, a data da convenção do PL no Rio de Janeiro, onde Ramagem será ratificado como candidato, ainda não foi definida.
Além disso, o ministro Alexandre de Moraes proibiu o contato entre investigados dessa etapa recente da operação e investigados de outras fases e inquéritos correlatos no STF, o que inclui Bolsonaro e Ramagem. Isso impõe um desafio adicional à coordenação política entre os dois, já que qualquer comunicação direta está legalmente impedida. E mais: Em conversa vazada, Trump fala sobre sensação ao levar tiro e revela conversa com Biden. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: G1)