Diante da provável votação sobre o fim da isenção de imposto federal para compras de importados até US$ 50, a Shein respondeu às recentes declarações de empresários do varejo, da indústria nacional e de Arthur Lira (PP-AL), que alegaram que os consumidores dos sites estrangeiros seriam predominantemente das classes mais altas.
Contrariando essa afirmação, a Shein apresentou outra pesquisa que aponta resultados diferentes. Felipe Feistler, responsável pela operação da Shein no Brasil, afirmou ao blog ‘Capital’, do jornal O Globo, que uma pesquisa realizada pela Ipsos indica que 88% dos clientes da Shein pertencem às classes C, D e E.
De acordo com ele, as classes D e E compõem metade da clientela da Shein. Os dados são do primeiro trimestre deste ano e foram encomendados pela própria plataforma de e-commerce ao Ipsos.
“Em um momento em que o que está em jogo é o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais de qualidade e acessíveis, a pesquisa realizada mostra o verdadeiro retrato dos consumidores da plataforma e ainda aponta que apenas 11% dos consumidores pertencem às classes A e B,” disse Feistler, destacando que a isenção para compras até US$ 50 é “uma ferramenta no empoderamento do consumidor.”
Na semana passada, Anna Beatriz Lima, responsável pela área de relações governamentais da Shein, apresentou um argumento semelhante em entrevista à coluna: “Para as classes A e B, que viajam para o exterior, há a isenção de US$ 1,5 mil, considerando também free shop. Já a classe C não pode comprar uma blusinha isenta?”. E mais: TSE multa parlamentares e influenciadores por associação de Lula ao ‘satanismo’: “propaganda negativa”. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: O Globo)