A varejista brasileira Coteminas anunciou, por meio de seu balanço anual de 2022, um empréstimo de US$ 20 milhões (cerca de R$ 100 milhões na cotação atual) concedido pela plataforma chinesa Shein. A reportagem é do portal Valor Econômico.
O empréstimo foi formalizado em abril do mesmo ano e tem caráter de conversão em ações, com um vencimento único previsto para três anos. De acordo com a Coteminas, o montante se destina a reforçar seu capital de giro. A empresa fechou 2022 com prejuízo de R$ 670 milhões.
“Com 85% de empréstimos bancários vencendo em 2023, e queda de 30% na receita no ano passado, a Coteminas abriu uma renegociação de dívidas com as instituições. Suas controladas pediram “waiver” (perdão temporário, com adiamento no pagamento) a debenturistas”, revela a reportagem.
“Pareceres de auditores da Coteminas e de sua controlada, a Springs Global Participações, evidenciaram que o contrato de empréstimos entre a TopFashion no país (empresa da Shein) e a Companhia Tecidos Santanense, controlada pela Coteminas, foi finalizado com um único vencimento para junho de 2026 e pagamento de juros anuais. Os recursos foram negociados na forma de empréstimos conversíveis em ações da empresa têxtil. Logo, a Shein teria a opção de se tornar sócia da Coteminas. Paralelo a isso, a Coteminas fechou um acordo de fornecimento de matéria-prima à Shein”, informou a matéria do Valor.
Parceria
Em abril deste ano, a Coteminas anunciou a assinatura de um memorando de entendimentos com a Shein que prevê que 2 mil dos clientes confeccionistas da empresa passem a ser fornecedores da Shein para atender os mercados doméstico e da América Latina na esteira do programa “Remessa Conforme”, do governo federal.
A parceria também abrange o financiamento para capital de trabalho e contratos de exportação de produtos para o lar.
A Coteminas é de propriedade do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva. Em dezembro do ano passado, ele foi convidado por Lula (PT) para chefiar o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Josué, porém, recusou.
Josué é reconhecido também por ser filho de José Alencar (1931-2011), vice de Lula nos 2 primeiros mandatos à frente do Planalto (2003-2010). E veja também: Boulos (Psol) apresenta projeto para criminalizar o ‘ecocídio’. Clique AQUI para ver.
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