Brasil registra terceira maior saída de dólares da história em 2024

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O Brasil encerrou 2024 com um fluxo cambial negativo de US$ 15,918 bilhões, de acordo com dados preliminares do Banco Central (BC) até 27 de dezembro. Esse é o terceiro maior saldo anual negativo da série histórica iniciada em 2008.

Apenas os anos de 2019 e 2020, durante o governo Jair Bolsonaro, registraram saídas líquidas superiores, com US$ 44,768 bilhões e US$ 27,923 bilhões, respectivamente. Esses períodos, porém, foram marcados por juros baixos e outros contextos.



No ano passado, o dólar acumulou valorização de 27%, encerrando dezembro cotado a R$ 6,18. Especialistas apontam três fatores principais que pressionaram o câmbio: um de ordem doméstica e dois relacionados ao cenário internacional.

O saldo financeiro, que abrange investimentos estrangeiros, remessas de lucros e pagamento de juros, registrou déficit de US$ 84,396 bilhões, com US$ 589,989 bilhões em compras e US$ 674,385 bilhões em vendas — o pior resultado da série histórica. Por outro lado, o saldo do comércio exterior foi positivo em US$ 68,478 bilhões, com exportações totalizando US$ 298,456 bilhões e importações de US$ 229,978 bilhões.



Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a deterioração fiscal nos últimos dois anos contribuiu para a forte saída de dólares. “Nós temos uma economia aquecida pela própria política fiscal, que eleva a inflação e demanda juros mais elevados. Isso demandaria um esforço fiscal no primário ainda maior por conta do impacto dos juros”, avaliou em entrevista à Folha de S.Paulo.

O Banco Central realizou 14 leilões de dólares em dezembro, injetando mais de US$ 32 bilhões no mercado. A estratégia buscou aumentar a oferta da moeda e mitigar distorções no câmbio, em linha com a lógica de que, quanto maior a oferta, menor a pressão sobre a cotação.



As intervenções afetaram as reservas internacionais do Brasil, que recuaram de US$ 363 bilhões no fim de novembro para US$ 329,73 bilhões em 31 de dezembro. A redução de US$ 33,27 bilhões é a maior já registrada para um único mês desde o início da série histórica, em 1998, representando um declínio percentual de 9,2%. E mais: Gol renegocia R$ 5,5 bilhões em dívidas fiscais e reduz saldo para R$ 1,6 bilhão. Clique AQUI para ver. (Fonte: Folha de SP)



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