Ricardo Amorim (ex-Globo) sobre a reforma tributária: “vai jogar economia para baixo”

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O economista e influenciador digital Ricardo Amorim, ex- apresentador de televisão do programa Manhattan Connection, da GloboNews, explicou onde está talvez o principal problema da reforma tributária, aprovada na Câmara na semana passada.

Em entrevista ao Canal UM BRASIL, da FecomercioSP, Amorim citou os dois lados da moeda: a melhora no ambiente tributário da indústria, mas também a ‘conta’ dessa histórica sendo jogada para o agronegócio e, principalmente, serviços e comércio.

Segundo Amorim, a reforma tributária em tramitação no Congresso segue por um caminho preocupante por não resolverem problemas estruturais do país, além de representarem um risco ao principal setor da nossa economia.

“A reforma reduz, em R$ 500 bilhões, a carga sobre a indústria quando acaba com o efeito do imposto em cascata [cumulatividade]. Isso é ótimo, pois a participação e o tamanho da indústria em relação à economia brasileira vêm reduzindo, em comparação à indústria global, em partes devido à nossa estrutura tributária”, diz.

Apesar desse ganho, o especialista faz um alerta: “O problema é como isso está sendo bancado: R$ 20 bilhões de impostos serão jogados para a agropecuária, e R$ 480 bilhões para o setor de serviços e comércio — que representam a maior parte dos empregos existentes e da economia brasileira. Isso terá impacto negativo sobre emprego e renda de quem trabalha nesse setor, que é também o que mais ‘apanhou’ durante e no pós-pandemia. Isso vai jogar a economia e o setor que mais contrata para baixo”, afirma Amorim.

Na entrevista conduzida por Thais Herédia, o economista argumenta que, do jeito que está, essa reforma não resolve os problemas das injustiças tributária e social e da desigualdade social entre quem está nos setores público e privado — e ainda prejudica a maior fonte de emprego do país.

Isso sem falar de outros pontos extremamente preocupantes da reforma, como o imposto progressivo sobre herança (cujas alíquotas são incógnitas) e o ‘imposto do pecado’, em que o estado terá o poder de subir tributos de produtos considerados prejudiciais. Assista abaixo!

 


Fonte: Exame
Foto: reprodução vídeo

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