Revista Veja: “Marcos Valério delata relação do PT com o PCC”

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Reportagem da Revista Veja, nesta sexta-feira (1) à noite, aponta que o publicitário Marcos Valério, envolvido nos escândalos de corrupção do PT, atuando como operador de pagamentos a parlamentares em troca de apoio no Congresso a Lula, ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, detalhes sobre o que seria a “relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa do país”.

A revelação de Valério vem a público quase dez anos depois de ele ter recebido a maior pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos mensaleiros, em vídeo da delação obtido pela reportagem de VEJA. O material revela trechos inéditos da delação premiada que o publicitário fechou com a Polícia Federal (e que foi homologada pelo ministro aposentado do STF Celso de Mello).

Segundo Valério, o empresário do ramo dos transportes Ronan Maria Pinto “chantageava o então presidente Lula para não revelar o que supostamente seria uma bala de prata contra o partido: detalhes de como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar petistas”. O delator afirma que soube da suposta chantagem contra Lula após conversar Pereira. Assista abaixo!

Segundo Marcos Valério, o então secretário-geral petista o informou que Ronan ameaçava revelar que o PT recebia clandestinamente dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte pirata e de bingos e que, neste último caso, os repasses financeiros ao partido seriam uma forma de lavar recursos do crime organizado. E mais: Marcos Valério é claro ao explicar o que seria o “crime organizado”: o PCC.

Celso Daniel
Marcos Valério afirma, em seu depoimento, que o então prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002, havia produzido um “dossiê detalhando quem, dentro dos quadros petistas, estava sendo financiado de forma ilegal”. Assista abaixo!

De acordo com a reportagem, o que Daniel não sabia, disse Valério, é que a arrecadação clandestina por meio de empresas de ônibus não beneficiava apenas a cúpula partidária: vereadores e deputados petistas que mantinham relações com o crime organizado estavam recebendo livremente dinheiro sujo. Segundo o publicitário, o dossiê elaborado pelo prefeito assassinado simplesmente sumiu. “Ninguém achou esse dossiê mais”. Assista abaixo!

Após o assassinato do prefeito, afirma Valério, o partido afastou os políticos supostamente envolvidos com o PCC. “O PT fez uma limpa, tirando um monte de gente, vereador, que era ligado ao crime organizado. Vocês podem olhar direitinho que vocês vão ver que o PT fez uma limpa, expulsando do partido essas pessoas”.

Respostas
A revista VEJA tentou falar com Silvio Pereira. Segundo a publicação, ele não retornou os contatos. Já Paulo Okamotto, um dos atuais coordenadores da campanha de Lula, teria demonstrado irritação ao ser questionado: “Tem que perguntar para o pessoal do PCC. Eu não tenho nada para te informar sobre isso”, afirmou.

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