Salah al-Arouri, vice-presidente do gabinete político do Hamas e fundador do braço militar do grupo, faleceu nesta terça-feira (2/01) em uma explosão no sul de Beirute, capital do Líbano, conforme confirmado pelo grupo palestino. A explosão, que resultou na morte de outras cinco pessoas, ocorreu no bairro Dahiyeh.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, mantém estreitas relações com o Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã e com presença significativa no bairro onde ocorreu a explosão.
As Forças Armadas de Israel se recusaram a comentar as reportagens da mídia internacional que relacionam a explosão a possíveis ataques de Israel. Em entrevista à MSNBC, dos Estados Unidos, o porta-voz do governo israelense, Mark Regev, não atribuiu a autoria do ataque a Israel, destacando que, quem quer que tenha realizado o ataque, visava especificamente o Hamas.
Apesar disso, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, classificou a explosão como “um crime” destinado a arrastar o Líbano para uma nova fase de confronto com Israel.
Salah al-Arouri, de 57 anos, desempenhou papéis importantes no Hamas, sendo vice-presidente do gabinete político e comandante-fundador das brigadas Al-Qassam, o braço militar do grupo.
Ele participou de um acordo em 2006, no qual mais de 1.000 prisioneiros palestinos foram libertados em troca de um soldado israelense. Al-Arouri ingressou no Hamas em 1987, liderou o movimento estudantil islâmico e contribuiu para estabelecer a presença militar do grupo na Cisjordânia. Veja mais na reportagem abaixo da Jovem Pan.
A ONU apelou à “máxima contenção” de todas as partes depois de o Hamas ter confirmado a morte de Saleh al-Arouri. Para a organização, a morte de al-Arouri pode representar uma escalada da guerra contra o Hamas, aumentando o risco de um conflito mais vasto. Israel não reivindicou o ataque que matou o vice-presidente do Hamas.
“Devido às tensões crescentes e à fragilidade da situação na região, pedimos contenção máxima a todas as partes”, disse Florencia Soto Nino, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.
Saleh al-Arouri foi a figura mais relevante do Hamas a morrer depois do início do conflito Israel-Hamas a 7 de outubro. Um do fundadores do braço armado do Hamas, era o adjunto do líder político do grupo, Ismail Haniyeh, e dirigia as operações na Cisjordânia.
Falando após a morte de al-Arouri, Haniyeh declarou que o Hamas ficou “mais poderoso e determinado”. “Deixaram atrás de si homens fortes que carregarão o estandarte depois deles”, sublinhou o líder político do Hamas. E veja também: PM do Rio ocupa ‘Cidade de Deus’ para combate ao crime organizado. Clique AQUI para ver.
APOIO!
Pix: Você pode nos ajudar fazendo um PIX ? Precisamos de sua ajuda!
Nossa chave de acesso é direitaonlineoficial@gmail.com | Banco Santander
