PT distribuiu cartilha ‘anti-Nikolas’ para conter impacto do vídeo do deputado

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A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados distribuiu um cartilha ‘anti-Nikolas’ aos parlamentares da sigla com o objetivo de responder às acusações feitas por Nikolas Ferreira (PL-MG) contra o governo Lula.

No vídeo, o deputado de direita afirma que a atual gestão não agiu para investigar os descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS.

Intitulado “Desmentido Nikolas Ferreira – INSS”, o documento tem 30 páginas e reproduz as falas do parlamentar, contrapondo seus argumentos e sugerindo respostas para que os deputados petistas possam confrontar o discurso da oposição nas redes sociais e em entrevistas.

A iniciativa da liderança petista está em sintonia com a estratégia do Palácio do Planalto, que avalia que a reação deve partir da base aliada no Congresso, já que o ataque foi feito por um deputado da oposição. Até o momento, o governo federal optou por não emitir uma resposta institucional por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

Em determinado trecho do vídeo, Nikolas sugere que o governo Lula tenta responsabilizar a gestão anterior. O material elaborado pelo PT rebate essa alegação afirmando que “a maioria dos envolvidos no escândalo eram servidores nomeados na gestão de Bolsonaro” e apresenta quatro nomes ligados ao governo anterior.

O documento, segundo reportagem de O Globo, ainda recomenda que os parlamentares questionem por que a Polícia Federal não foi acionada durante o governo Bolsonaro para apurar as denúncias. Além disso, o texto aponta possíveis conexões dos envolvidos com o ex-presidente e seus ex-ministros, listando os principais suspeitos de envolvimento no esquema.

No vídeo, que já alcançou cerca de 90 milhões de visualizações, Nikolas surge com roupa preta e calça jeans, em formato semelhante ao utilizado em um conteúdo anterior sobre o Pix, que viralizou no Instagram com mais de 330 milhões de visualizações.

Ele afirma que o episódio envolvendo o INSS seria “o maior escândalo da História do Brasil” e faz uma defesa enfática de Jair Bolsonaro.

Embora Bolsonaro tenha editado uma medida provisória em 2019 prevendo revisão anual desses descontos, o Congresso alterou o texto para avaliações a cada três anos — e posteriormente eliminou a obrigação de revisão periódica.

Segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), os descontos suspeitos variaram de R$ 400 milhões a R$ 550 milhões por ano entre 2016 e 2021. Em 2022, o valor saltou para R$ 706 milhões; já em 2023, chegou a R$ 1,3 bilhão e atingiu R$ 2,6 bilhões no ano seguinte, de acordo com o órgão. E mais: Justiça rejeita pedido do PT para retirar publicação de Zema sobre INSS. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: O Globo)

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