O grupo Prerrogativas, composto por advogados ‘progressistas’, pretende acionar a Justiça para obrigar o Ministério da Defesa de Lula, comandado por José Múcio, a desmontar as manifestações em frente aos quarteis. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Ao tomar posse, no entanto, Múcio definiu as manifestações como “manifestação da democracia”, o que acabou desagradando os petistas: “Na hora que o ex-presidente [Jair Bolsonaro] entregou o seu cargo, saiu [do país], e o [ex-vice-presidente Hamilton] Mourão fez o pronunciamento e pediu que as pessoas voltassem aos seus lares. Aquelas manifestações no acampamento, e eu digo com muita autoridade porque tenho familiares e amigos lá, é uma manifestação da democracia”, disse ele a jornalistas.
O coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirma que respeita e admira o ministro Múcio, mas discorda de sua visão. “O governo precisa ter ações enérgicas e pedagógicas. As pessoas que estão ali não estão protestando por direitos ou contra a fome no país. Elas estão incitando o ódio, numa tentativa clara de estimular um golpe militar, o que é intolerável”, diz ele.
Falta de água
O Exército retirou hoje (5) caixas d’água e estruturas instaladas no acampamento em frente ao Quartel-General em Brasília. Mesmo após a posse de Lula, cerca de 100 pessoas seguem no local. Além disso, impediu a chegada de um caminhão-pipa ao local. As informações são do O Antagonista.
Ontem (4), o ministro-chefe da Casa Civil de LUla, Rui Costa (PT), disse que “está na hora” dos manifestantes acampados em frente a quartéis “saírem”.