Na prévia do plano de governo petista, a equipe de Lula aponta que pretende recriar o Mais Médicos. O programa de saúde implantado por Dilma importava médicos cubanos para atuar no SUS. “Reafirmamos o nosso compromisso com o fortalecimento do SUS público e universal, o aprimoramento da sua gestão, a valorização e formação de profissionais de saúde, a retomada de políticas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, bem como a reconstrução e fomento ao Complexo Econômico e Industrial da Saúde”, diz trecho do documento do plano de governo de Lula.
Criado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o Mais Médicos foi implantado após a onda de protestos daquele ano, que começou em São Paulo contra o aumento da passagem de ônibus e se espalhou pelo Brasil com o tema “contra tudo que está aí”.
Como resposta à insatisfação popular, o governo petista identificou que a reclamação por saúde de qualidade era uma das principais queixas. Então, tempos depois o programa foi apresentado.
O governo de Cuba anunciou a saída do Mais Médicos no final de 2018, após a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas, após o então recém-eleito informar que os profissionais que aqui ficassem precisariam passar pelas provas de verificação técnica, além de entregar 100% do salário ao profissional.
No Mais Médicos, a chegada de profissionais cubanos era feita via acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, sem necessidade do exame. Já no governo Bolsonaro, o programa começou a ser substituído pelo Médicos pelo Brasil, que exige o registro em Conselho Regional de Medicina. Para profissionais estrangeiros, o certificado é obtido por meio do Revalida.