A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, declarou na última quarta-feira (18) estar com os “dedos cruzados” na expectativa de que a estatal realize o pagamento de dividendos extraordinários neste ano.
A medida está entre as alternativas avaliadas pelo Ministério da Fazenda para ajudar o governo a atingir a meta do resultado primário, que prevê um equilíbrio entre receitas e despesas sem considerar os juros da dívida pública.
“Tomara que a gente consiga. Estamos fazendo todo o esforço para isso. Agora vamos ver se o nível de preço do petróleo permite”, afirmou a executiva em entrevista coletiva, na qual fez um balanço do seu primeiro ano à frente da empresa.
Embora o possível repasse de recursos da Petrobras às contas públicas seja visto como positivo pelo governo, investidores manifestam dúvidas sobre a capacidade financeira da companhia para efetuar tais pagamentos.
Relatório do Bradesco BBI, publicado em abril, já indicava que a companhia não deve distribuir dividendos extraordinários com os resultados esperados para 2025.
Sobre o recente aumento das tensões entre Israel e Irã, que pressiona os preços internacionais do petróleo, Magda ressaltou que a Petrobras adota uma postura de cautela em relação aos reajustes dos combustíveis no mercado brasileiro. “Quando a gente fala do preço do diesel e da gasolina, não fazemos movimento abrupto”, explicou.
A presidente destacou que a empresa monitora tendências e só promove ajustes quando percebe uma estabilidade no mercado.
“Se a sociedade alheia está estressada, a nossa não. Com cinco dias a gente não vai fazer nada (…) Estamos de olho no nosso mercado e não queremos perder mercado”, afirmou, referindo-se à concorrência com outras refinarias e importadores.
“Esse cenário é bem recente e não vamos fazer nada. Olhamos tendências e só fazemos movimentos quando enxergamos tendência e uma certa estabilidade. Vamos aguardar e continuar de olho no nosso mercado”, resumiu, ao final da coletiva.
Magda Chambriard também comentou que, caso o conflito no Oriente Médio seja resolvido rapidamente, “o preço do petróleo voltará ao que era antes”. “Vamos aguardar”, concluiu. (Foto: Ag. Petrobras; Fonte: Estadão)
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