A Polícia Civil efetuou a maior apreensão de armas do ano, em ação realizada nessa terça-feira (07/11), no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Ao todo, 125 armas de diferentes tipos e calibres — entre elas, 55 fuzis.
A ação foi realizada em uma residência de um CAC. O mandado de busca e apreensão contou com o apoio do Exército. O proprietário do arsenal foi preso por posse irregular de armas. A operação denominada Desarme foi coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil.
A explicação
A investigação teve início em 28 de outubro, quando três armas registradas pelo colecionador — uma espingarda, uma submetralhadora e um fuzil — foram apreendidas com uma organização criminosa, na Zona Sul de Porto Alegre. Segundo a polícia, no depoimento, o investigado não explicou como o armamento de sua propriedade estava na posse de criminosos.
Em coletiva de imprensa, o chefe de polícia, delegado Fernando Sodré, esclareceu que o colecionador é investigado por fornecer armas de grosso calibre para o crime organizado.
“Após a apreensão de um fuzil com numeração raspada na Restinga, a investigação chegou até a casa desse Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), que armazenava 125 armas, uma delas sem registro. O armamento foi adquirido com autorização, porém uma das armas foi parar na mão de criminosos. Não há registro de furto ou roubo desse fuzil. Uma guia de trânsito de arma de fogo com suspeita de alteração também foi localizada. São armas de guerra, de uso operacional, com elevado poder letal”, explicou Sodré.
Além do armamento, a Polícia Civil também apreendeu munições e uma grande quantidade de pólvora. “Essa maior apreensão de armas do ano reforça a importância de instalarmos, junto com a SSP, uma delegacia especializada no rastreio e no mapeamento de armas”, acrescentou Fernando Sodré.
“Nós não descartamos as hipóteses, nós estamos trabalhando nisso. Vamos investigar, para verificar se houve esse tipo de situação [fornecimento de armas para organização criminosa]”, pondera o delegado.
Por nota, o Exército Brasileiro (EB) — que também participou da operação e é responsável pela fiscalização dos CACs — informou que “serão tomadas as medidas administrativas necessárias”. Leia abaixo na íntegra.
Nota do Exército Brasileiro
“A 3ª Região Militar realizou no dia de hoje (07/11/23) uma operação, em conjunto com a Polícia Civil, em razão da apreensão de um fuzil pela Policia no dia 29 de outubro, que supostamente pertenceria a um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).
Foram apreendidas 125 armas, 32 máquinas de recarga, 153 kg de pólvora, além de diversas munições e insumos. Toda a apreensão está de posse da Polícia Civil, exceto a pólvora que foi providenciada a destruição, com o apoio do BOPE.
Fruto dessa operação, serão tomadas as medidas administrativas necessárias por parte do Exército Brasileiro e as medidas na esfera criminal, por parte dos Órgãos de Segurança Pública (OSP)”. E veja também: Senado aprova reforma tributária; texto volta à Câmara. Clique AQUI para ver.
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