PF intima ex-auxiliar de Moraes e familiares sobre vazamento de mensagens do WhatsApp

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A Polícia Federal convocou, nesta quarta-feira (21), Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, sua esposa e seu cunhado, Celso Luiz de Oliveira, para prestarem depoimento nesta quinta-feira (22). O foco das investigações são as mensagens de WhatsApp de Tagliaferro, divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

O objetivo da PF é obter esclarecimentos dos três envolvidos sobre o vazamento das mensagens. A investigação foi iniciada a pedido do próprio Alexandre de Moraes, após a divulgação do conteúdo das conversas de Tagliaferro, que liderou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a presidência de Moraes. Fontes próximas ao caso confirmaram as informações à reportagem do UOL.

Tagliaferro foi afastado de suas funções após ser preso sob acusação de violência doméstica em 9 de maio de 2023, e imediatamente exonerado de seu cargo no TSE. Poucos dias após a prisão, o cunhado de Tagliaferro entregou seu celular à Polícia Civil de São Paulo. Conforme relatado pela colunista Letícia Casado, do UOL, o boletim de ocorrência aponta que ele teria atirado contra a esposa.

A Folha de S. Paulo revelou que a estrutura do TSE foi usada informalmente para apoiar investigações no STF. Uma série de reportagens detalhou conversas entre Tagliaferro e o juiz Airton Vieira, que trabalha como auxiliar no gabinete de Moraes. Nessas mensagens, o juiz pedia, via WhatsApp, a produção de relatórios sobre postagens de pessoas investigadas no inquérito das Fake News, sob relatoria de Moraes no STF.

Esses relatórios foram utilizados na investigação do STF para justificar medidas contra os investigados. Segundo a Folha, nem sempre os documentos eram formalizados como relatórios oficiais do TSE e, em algumas situações, Vieira sugeria modificações ou orientava sobre a elaboração dos documentos. Em mensagens reveladas pelo jornal, o próprio Vieira admite que os pedidos poderiam ser questionáveis.

“Formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada, digamos assim. Como um juiz instrutor do Supremo manda (um pedido de relatório) para alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda um relatório, entendeu? Ficaria chato.”, disse Airton Vieira em áudio divulgado pela Folha de S. Paulo. E mais: Escolas cívico-militares do Paraná superam unidades tradicionais no Ideb. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: UOL)

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