Nesta sexta-feira (29), a Polícia Federal deu continuidade à investigação dos atos de ‘8 de janeiro’, com a execução de um mandado de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes. Ele é suspeito de ter desempenhado um papel na ‘concepção’ desses atos, marcando a 18ª fase da Operação Lesa Pátria.
Ele teve arma, celular e passaporte apreendidos. Ridauto também foi intimado e prestou depoimento hoje pela manhã.
A decisão, emanada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não se limitou ao mandado, mas também determinou o bloqueio de ativos e valores relacionados ao general da reserva, como parte das medidas cautelares adotadas no âmbito da investigação.
Ridauto Fernandes, que já foi diretor de Logística do Ministério da Saúde durante as gestões dos ministros Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga no governo Jair Bolsonaro (PL), é apontado pela investigação como possivelmente um dos ‘idealizadores’ dos atos.
Durante os eventos de 8 de janeiro, o general da reserva gravou vídeos e os enviou a amigos e familiares, nos quais expressou seu estado de espírito em relação ao que estava ocorrendo.
Em um desses vídeos, Fernandes declarou estar “arrepiado” com a situação e relatou os acontecimentos: “O pessoal acabou de travar a batalha do gás lacrimogêneo. Acreditem: a PM jogou gás lacrimogêneo na multidão aqui durante meia hora e agora eles estão aqui na frente e o pessoal está aplaudindo a Polícia Militar.”
Além disso, o general da reserva afirmou que os manifestantes acreditavam que os policiais militares estavam “cumprindo ordens para defender o patrimônio” e que esses policiais eram “bem-intencionados.”
Ridauto Fernandes chegou a general de brigada no Exército. Foi para a reserva após não ter sido promovido à terceira estrela.
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