A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (28), redução de 3,9% no preço da gasolina revendida às distribuidoras. O preço médio de venda de gasolina A da estatal para as distribuidoras passará de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, uma redução de R$ 0,13 por litro. Para o diesel A, o preço médio de venda para as distribuidoras passará de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, uma redução de R$ 0,08 por litro.
A manobra tem objetivo de minimizar o impacto financeiro no bolso dos brasileiros a partir de amanhã (1), quando o governo Lula irá aumentar os impostos sobre a gasolina e o etanol. Clique AQUI para ver mais.
“Essas reduções têm como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional, através de uma convergência gradual, contemplando as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos”, justifica a Petrobras.
Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, “a redução do preço foi negociada em reuniões entre o comando da estatal e representantes do governo nesta segunda. O secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, chegou a viajar ao Rio de Janeiro para se reunir com diretores da companhia. A reunião contou também com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que depois divulgou nota dizendo que o encontro debateu o tema ‘previsões para os preços futuros dos combustíveis’”.
O uso da estatal para minimizar o impacto da volta dos impostos foi confirmado no fim da noite de ontem (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que a política de preços da empresa tem um “colchão”, que permite reduzir ou elevar os preços. “Ele pode ser usado”, disse. “Existe um colchão que permite diminuir ou elevar o preço dos combustíveis, e ele pode ser utilizado. Essa pode ser uma contribuição da Petrobras”, afirmou o ministro.