O Ibovespa, índice da B3, fechou ontem (16) com queda de 2,58%, a 110.243,33 pontos, pressionado pelas péssimas informações sobre o conteúdo da “PEC Estoura Teto”, do PT.
O receio ocorre por uma versão preliminar da proposta (apresentada ontem à noite) prever o pagamento do Bolsa Família fora da regra do teto de gastos sem definir um prazo para a medida. Fontes dizem que o objetivo petista era ter quatro anos de governo atuando dessa forma. O montante de valor, na casa dos R$ 175 bi, que será excluído da regra também pressionou os ativos.
O mercado também aguarda o anúncio da equipe econômica de Lula (PT). O segundo turno foi há quase três semanas e, até agora, não houve anúncio do Ministro da Fazenda petista. Já se especulou Fernando Haddad e até Flavio Dino.
O dólar subiu forte novamente ontem, assim como aconteceu na semana passada após as falas de Lula sobre reponsabilidade fiscal. A moeda americana fechou em alta de 1,5%, a R$ 5,38, depois de ter saltado a R$ 5,39 durante o dia de negociações no mercado. A meoda subiu a esse patamar na semana passada e, desde então vem mantendo o valor.
No cenário internacional, o índice S&P 500 caiu após o setor varejista alimentar novas preocupações com as vendas da temporada de fim de ano.
De acordo com analistas ouvidos pela Reuters, o viés negativo internacional prevaleceu no pregão, mas o cenário interno também foi levado em conta com as repercussões negativas sobre o cumprimento do teto de gastos pelo governo eleito para o próximo ano.
Taxas de juros futuros têm altas
As taxas de juros futuros também apresentaram pessimismo. Os índices fecharam com altas nesta quarta-feira, sendo novamente pressionadas pelo cenário interno.
No pregão, os investidores seguiram monitorando as discussões sobre a PEC Estoura Teto, com perspectivas mais negativas sobre o texto e seu impacto no futuro das contas públicas do Brasil.
No fim do pregão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 subiu de 13,75% do ajuste anterior para 14,06% e a taxa do DI para janeiro de 2025 passou de 13,01% para 13,355%. Já a do DI para janeiro de 2026 avançava de 12,81% para 13,165% e a do DI para janeiro de 2027 tinha alta para 13,085% ante os 12,79% da leitura anterior.