O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (foto), afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende intervir nos preços dos alimentos.
Ele classificou como “equívoco de comunicação” a ideia de que o governo estaria considerando medidas interventivas, sem mencionar diretamente o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que havia sugerido tal intervenção e depois se retratou.
Teixeira anunciou que os ministros envolvidos na questão alimentar apresentarão um pacote de medidas a Lula nesta sexta-feira (24).
Na manhã desta quinta, uma reunião na Casa Civil discutiu estratégias para reduzir o preço dos alimentos, com a participação de Rui Costa, Teixeira e Carlos Fávaro (Agricultura). Fernando Haddad (Fazenda) estava previsto para comparecer, mas não foi ao Planalto, sendo representado pelo secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.
“Isso aí [fala sobre intervenção] já foi corrigido. Foi um equívoco de comunicação. Isso está fora [das medidas]. O presidente já falou, já afastou qualquer possibilidade de intervenção nisso. Casa Civil já esclareceu”, disse Teixeira ao chegar ao Planalto, ressaltando que as medidas ainda não estavam definidas.
A alta dos preços de alimentos se tornou uma prioridade para Lula, que cobrou duramente sua equipe em reunião ministerial na segunda-feira (20). Contudo, a questão virou motivo de polêmica, especialmente após declarações de Rui Costa em entrevista ao “Bom Dia Ministro”, onde mencionou um “conjunto de intervenções” para reduzir custos, sem detalhar as medidas.
Outro ponto de controvérsia foi a sugestão de alterar as regras de prazo de validade dos alimentos, proposta pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e inicialmente confirmada por alguns ministérios, segundo a Folha de S.Paulo.
A ideia foi criticada nas redes sociais pela oposição com acusações de que o governo planejava “fazer a população consumir alimentos vencidos”.
Rui Costa, na mesma entrevista, negou essa possibilidade, explicando que, entre as sugestões do setor varejista, a alteração da validade não seria adotada, pois não condiz com a prática brasileira.
Após a reunião no Planalto, Paulo Teixeira reiterou que o governo não alterará as regras sobre a data de validade dos alimentos. E mais: Bolsonaro alerta para ‘oportunistas’ no PL e começa a planejar 2026. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)