Bolsonaro alerta para ‘oportunistas’ no PL e começa a planejar 2026

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou nessa quarta-feira (22) alguns deputados de seu partido de “oportunistas” e acusou o PT de querer “aniquilar” o PL. As declarações foram feitas durante uma entrevista à rádio Auriverde.

Bolsonaro comparou o cenário político brasileiro ao dos Estados Unidos, afirmando que “lá os democratas trabalham há anos para botar um ponto final na força dos republicanos”, uma situação que ele vê como análoga no Brasil.



“O PT trabalha para aniquilar o PL, que é o maior partido da oposição a eles”, disse ele, sem mencionar nomes específicos, mas criticando os “oportunistas” dentro do PL. “A maioria dos deputados, infelizmente, não são todos, tem uma dúzia de oportunistas no PL, que eu espero que seja feita a limpa em 2026, que tem compromisso com o futuro do país.”

O ex-presidente mencionou que o PL deve buscar alianças com partidos aliados em 2026, citando os estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul como exemplos. “O PL não tem o monopólio da virtude, queremos, das 54 vagas, fazer pelo menos 40”, afirmou. Ele também discutiu sobre dificuldades no Nordeste, mencionando candidatos promissores em Sergipe e Pernambuco.



Bolsonaro abordou o tema das emendas impositivas, dizendo que “não tem como um parlamentar fazer coisa errada hoje, a emenda é impositiva, se bem que alguns fazem”. Ele sugeriu que poderia conversar com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para remover esses deputados do partido.

Inelegível, Bolsonaro declarou que as eleições de 2026 “não serão democráticas” sem sua participação. “Quem vai ser candidato em 2026, o [Fernando] Haddad ou o [Geraldo] Alckmin? Uma coisa é ficar inelegível porque roubou ou porque desviou. A eleição de 2026 não será democrática sem a minha presença”, argumentou, mencionando que só falará “aos 48 do segundo tempo, quando eu não tiver mais chances”.



Sem citar nomes, ele criticou jovens com intenções de concorrer à Presidência da República. O cantor Gusttavo Lima, mencionado recentemente como possível candidato, foi visto como uma traição por alguns próximos a Bolsonaro, gerando conflitos entre grupos de direita.

Bolsonaro disse que errou na escolha de ministros “palacianos”. Ex-presidente disse que faria uma nova escolha ministerial e citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele disse que teria ministros com perfil técnico, mais “peso pesado”. “Não tem que saber muito sobre política, não. O Tarcísio foi dez lá na Infra [Ministério da Infraestrutura]. A Tereza Cristina foi dez na Agricultura.”.



Em relação ao Senado, o ex-presidente afirmou que o PL quer lançar um candidato por estado. Ele disse que combinou isso com Valdemar, “quando ainda podiam conversar”. “Acertamos que vamos lançar um candidato por estado do Brasil. Não vai ter peixada, onde tivermos dúvidas, vamos fazer uma pesquisa”. Segundo ele, em estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás há mais de dois candidatos para serem escolhidos.

Finalmente, Bolsonaro elogiou as medidas anunciadas por Trump, prevendo “anos de ouro nos EUA”. Ele também se queixou de não poder viajar aos EUA, comparando sua situação com a de Trump: “Tudo o que eu estou passando aqui, Trump passou lá”, disse, enfatizando a influência global dos eventos nos EUA.



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