O partido ‘A Liberdade Avança’, liderado pelo presidente argentino Javier Milei, obteve um desempenho abaixo das expectativas nas eleições regionais de Santa Fé, realizadas no último domingo (13).
Com apenas 14,11% dos votos, o partido ficou em terceiro lugar, uma queda expressiva em relação ao resultado do segundo turno presidencial de 2023, quando Milei havia conquistado 62,8% dos votos na província.
Essas eleições, que ocorreram em um dos principais distritos eleitorais do país, representaram o primeiro grande teste eleitoral de 2025 e ocorreram em Santa Fé, a terceira maior província da Argentina, atrás apenas de Buenos Aires e Córdoba em peso eleitoral.
A coalizão liderada pelo atual governador, Maximiliano Pullaro, formada por União Cívica Radical, Proposta Republicana (PRO) e socialistas, conquistou a vitória com 34,6% dos votos. O peronista Juan Monteverde, do Partido Justicialista, ficou em segundo lugar, com 15,2%.
Pullaro, que busca uma reforma constitucional em Santa Fé, deve conquistar entre 32 e 33 das 50 cadeiras da convenção que discutirá as propostas de emendas constitucionais. Para aprovar as 43 emendas que propõe, o governador precisará de uma maioria qualificada, mas sua vitória foi um passo importante em direção a esse objetivo. Por outro lado, o partido de Milei deve conquistar cerca de nove cadeiras, atrás do peronismo, que alcançou 11.
Durante seu discurso de vitória, Maximiliano Pullaro comemorou o resultado e declarou: “Para mim, este é um dia importante e memorável. Abrimos uma porta para o futuro. Discutimos um futuro sem corrupção, uma legislatura sem funcionários corruptos; acabaremos com a imunidade parlamentar. Não haverá mais reeleições indefinidas”.
A eleição de Santa Fé ocorre em um momento de grande importância para o governo de Milei, que obteve recentemente um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que anunciou um novo empréstimo de US$ 20 bilhões para reforçar as reservas cambiais do país.
Além disso, Milei anunciou o fim do controle de câmbio no país, permitindo que a moeda flutuasse dentro de faixas de 1.000 a 1.400 pesos. Na manhã seguinte à eleição, os efeitos do acordo com o FMI começaram a ser sentidos: as ações argentinas dispararam, enquanto o peso desvalorizava pelo menos 17%. E mais: Papa abre caminho para beatificação de Gaudí. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: InfoMoney)