Desde o início de abril, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) já realizou 20 ações coordenadas envolvendo invasões a imóveis rurais e repartições públicas, como parte da chamada Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. As iniciativas integram o calendário do Abril Vermelho, tradicional período de mobilização do grupo.
Segundo o próprio movimento, aproximadamente 10 mil famílias participam das ações, que se espalharam por dez estados: Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. A mobilização está prevista para encerrar na próxima quinta-feira (17).
Entre os alvos, estão a Superintendência do Incra em Marabá (PA) e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Fortaleza (CE), onde integrantes do grupo entraram nas dependências como forma de pressionar o poder público.
Na teoria, o MST tem manifestado descontentamento com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente quanto à lentidão no andamento da reforma agrária.
“No Abril Vermelho o movimento costuma intensificar invasões, bloqueios de rodovias, protestos, mutirões de cadastramento de famílias e outras ações”, declarou o grupo, segundo a própria divulgação.
Apesar de o movimento afirmar que suas ações são pacíficas e voltadas à agricultura familiar, críticos apontam que os atos configuram invasões de propriedade e colocam em risco a ordem pública e a segurança jurídica. Produtores rurais e representantes do setor agrícola cobram uma resposta firme das autoridades diante do avanço das ações coordenadas.
O MST, por outro lado, defende que as ações são uma forma de acelerar a ‘redistribuição de terras’ no país e garantir subsistência às famílias sem acesso à terra. E mais: Juiz que usou nome de nobre britânico por 45 anos quer recuperar aposentadoria. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)