Morre bebê britânica que teve aparelhos desligados por ordem da Justiça

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Nesta segunda-feira (13), a pequena Indi Gregory, uma bebê britânica de oito meses, perdeu a batalha contra uma doença mitocondrial incurável e contra a Justiça britânica.

Isso porque foi autorizado por um juiz após o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva, apesar de todos os apelos dos pais e até do governo conservador da Itália.

A notícia foi confirmada por seu pai, Dean Gregory, que expressou sua angústia em um comunicado: “A vida de Indi terminou à 01h45 da manhã. Claire (sua mãe) e eu estamos com raiva, envergonhados e com o coração partido.”

A triste saga de Indi teve destaque após o apelo desesperado de seus pais para que os aparelhos que a sustentavam fossem mantidos. O pedido de transferência da bebê para um hospital italiano foi negado por juízes ingleses, gerando comoção e críticas à decisão.

Dean Gregory acusou o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) e os tribunais de privarem Indi da oportunidade de viver e da dignidade de morrer em sua casa. “Eles não só tiraram a oportunidade de (ela) viver mais, como também tiraram a dignidade de morrer na casa da família a que pertencia”, lamentou o pai.

O caso ganhou notoriedade com o apoio da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que se comprometeu a fazer “o que puder” para defender a vida de Indi e os direitos dos pais. No entanto, a pequena não resistiu, levando Meloni a expressar seu pesar nas redes sociais: “Fizemos tudo o que podíamos. Tudo o que era possível. Infelizmente não foi suficiente. ‘Boa viagem’ Indi.”

 

Indi sofria de uma patologia mitocondrial, uma condição genética crônica e frequentemente hereditária que afeta a produção de energia no corpo. A doença, infelizmente, não possui cura.

O Vaticano também se manifestou, com o Papa Francisco dirigindo seus pensamentos à pequena Indi após a recusa da justiça britânica. O hospital pediátrico do Vaticano, Bambino Gesu, havia se disposto a cuidar dela.

A tragédia de Indi Gregory provocou comoção global quando o Queen’s Medical Centre, em Nottingham, afirmou que não havia mais opções para a bebê. Mesmo diante da afirmação médica de que ela não tinha mais consciência do entorno, seus pais travaram uma batalha judicial pelo direito à vida para manter os aparelhos ligados, buscando, em último apelo, levá-la à Itália.

Contudo, o juiz Peter Jackson, do Tribunal de Apelação britânico, classificou o recurso como “totalmente sem mérito”, apoiado pelos demais magistrados.

Jackson expressou “profunda preocupação” sobre os desdobramentos do caso, defendendo os médicos e alegando “táticas de litígio manipulativas”. E veja também: Ministério da Justiça recebeu esposa de líder do ‘Comando Vermelho’ para reuniões. Clique AQUI para ver.


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Fonte: O Globo
Foto: reprodução redes sociais (via O Globo)

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