No Mercosul, Lula ouve novo sermão de presidente do Uruguai sobre Venezuela

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Ao assumir a presidência temporária do Mercosul, Lula (PT) disse, nesta terça-feira (4), que tem uma ‘agenda externa ambiciosa’ para bloco, na ampliação de mercados para exportação dos produtos locais.

Ele reafirmou que o acordo proposta de livre comércio do Mercosul com a União Europeia (UE) é inaceitável e que está comprometido com a conclusão de um tratado equilibrado e que assegure o espaço necessário para adoção de políticas públicas “em prol da integração produtiva e da reindustrialização”.

“O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente”, disse, durante a 62ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em Puerto Iguazú, na Argentina. A UE enviou aditivos a serem acrescentados no acordo, com a previsão de aplicação de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.

“Não temos interesse em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matéria-primas, minérios e petróleo. Precisamos de políticas que contemplem uma integração regional profunda, baseada no trabalho qualificado e na produção de ciência, tecnologia e inovação. Isso requer mais integração, a articulação de processos produtivos e na interconexão energética, viária e de comunicações”, acrescentou o petista.

O sermão da Venezuela
Durante o encontro, mais uma vez Lula oi obrigado a ouvir o presidente do Uruguai dizendo que a Venezuela não é uma democracia. Ele já tinha falado isso diretamente a Lula em uma reunião em Brasília, no mês passado, com os representantes dos países que formam a ressuscitada Unasul.

Um dia antes desse encontro, Lula havia recebido Maduro e, em seu discurso ao lado do amigo Venezuelano, classificou de ‘narrativas’ as denúncias de violência aos direitos humanos, de perseguição política e da grave crise social e econômica após duas décadas de governo socialista na Venezuela.

“Todos sabemos o que pensamos sobre o regime da Venezuela. Isso foi discutido em Brasília em virtude de uma reunião convocada por Lula. Está claro que a Venezuela não vai se tornar uma democracia saudável”, disse Lacale Poul, que cobrou que o bloco econômico se posicione contra o regime venezuelano. Assista abaixo!

 


Fonte: Agência Brasil
Foto: reprodução vídeo

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