Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (10) que todos aqueles que financiaram ou incentivaram a invasão ao Congresso, seja por ação ou omissão, serão punidos no rigor da lei, além dos próprios que invadiram as sedes dos Três Poderes no domingo (8).
Moraes deu a declaração em um discurso breve na solenidade de posse do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O ministro classificou a PF como um “órgão competentíssimo que, ano após ano, vem ganhando o respeito da população”.
“As instituições vão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que financiaram, aqueles que contribuíram, aqueles que incentivaram, por ação ou por omissão, porque a democracia vai prevalecer”, afirmou Moraes, que discursou na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, durante a posse do novo diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.
Moraes disse que os que praticaram atos violentos “não são civilizados. E também comentou que essas pessoas não devem achar “que ser preso é estar em colônia de férias”, pois serão punidos no rigor da lei.
“Mas as instituições não são feitas só de mármore e cadeiras. São feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei. Não achem esses terroristas que até domingo faziam badernas e crimes, e que agora reclamam que estão presos querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições irão fraquejar”.
Na decisão em que determinou as prisões em flagrante, ele apontou ao menos sete crimes que podem ter sido cometidos pelos detidos, incluindo aqueles contra o Estado Democrático de Direito e a soberania nacional. “Não achem que as instituições irão fraquejar”, afirmou.
O magistrado também afirmou que a operação que desmobilizou o acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, na segunda (9), foi “necessária para garantir a democracia, para mostrar que não há apaziguamento nas instituições brasileiras”.
O termo ‘apaziguamento’ é usado para se referir à tentativa de governos europeus de negociar e aliviar tensões com a Alemanha nazista de Hitler, nos anos 1930. “Se o apaziguamento tivesse dado certo, não teríamos tido a Segunda Guerra Mundial. A ideia de apaziguamento é por covardia ou por interesses próprios. Temos que combater firmemente o terrorismo, as pessoas antidemocráticas, as pessoas que querem dar o golpe, que querem o regime de exceção”, afirmou Moraes.
E prosseguiu: “Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada, essas pessoas não são civilizadas. Basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional, e com muito mais raiva e ódio no Supremo Tribunal Federal”, prosseguiu. Assista abaixo!