Em um comunicado feito hoje (29), Lula (PT) revelou que vai criar mais um ministério, agora o da ‘Pequena e Média Empresa’. A proposta surge em um momento de negociações e articulações para abrigar mais indicados do Centrão em troca de apoio político para aprovação de projetos de interesse do petista.
Com essa iniciativa, o número total de ministérios aumentaria para 38, ultrapassando os 37 ministérios atuais. Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), havia 23 pastas, enquanto sob Michel Temer (MDB) o governo contava com 29. Curiosamente, as críticas da imprensa para o número excessivo de ministérios eram direcionadas a Bolsonaro.
O pronunciamento de Lula aconteceu durante sua transmissão semanal na internet, intitulada “Conversas com o Presidente”. Ele afirmou: “Estou propondo a criação do ‘Ministério da Pequena e Média Empresa, das cooperativas e dos empreendedores individuais’. Queremos um ministério específico para atender aqueles que necessitam de crédito e oportunidades”, alegou.
Lula abordou o assunto em resposta a uma pergunta sobre desenvolvimento econômico e geração de empregos. Ele destacou que muitos indivíduos buscam empregos formais, mas também há aqueles que desejam empreender. Nesse contexto, ressaltou a necessidade de fornecer ferramentas que possam auxiliar essa parcela da população.
O anúncio chega em um momento em que Lula negocia para incorporar os partidos Progressistas (PP) e Republicanos ao seu governo.
Enquanto as discussões ministeriais estão em andamento, as lideranças dessas siglas procuram manter laços com a direita liderada por Bolsonaro. A estratégia envolve manter canais abertos de comunicação tanto com a oposição quanto com o bloco político governista, liderado por Lula.
Embora formalmente tenham integrado a base de apoio do governo Bolsonaro, o PP e o Republicanos têm ramificações que se aproximaram de Lula durante a campanha eleitoral do ano anterior.
Publicamente, líderes como o senador Ciro Nogueira (PI), do PP, e o deputado Marcos Pereira (SP), do Republicanos, categorizam suas siglas como de direita, afirmando que permanecerão independentes em relação ao governo.
Contudo, os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) também devem ganhar ministérios no governo Lula.
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