Em um esforço para ampliar o alcance das políticas habitacionais e acenar à classe média, o governo federal anunciou uma reformulação no programa Minha Casa, Minha Vida. A medida, já prometida por Luiz Inácio Lula da Silva, busca atender um novo público e, ao mesmo tempo, reforçar ações voltadas ao setor da habitação.
Nesta terça-feira (14), o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deu sinal verde para a criação de uma nova faixa de financiamento voltada a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. A decisão também atualizou os limites de renda para as faixas já existentes.
Com juros limitados a 10,5% ao ano, essa nova linha permitirá a aquisição de imóveis de até R$ 500 mil — sejam novos ou usados. Para viabilizar a iniciativa, o governo reservou R$ 30 bilhões em recursos apenas para este ano. Até então, o programa contemplava apenas famílias com renda de até R$ 8 mil mensais.
Por exigência do FGTS, que será responsável por metade do financiamento, só será possível adquirir o primeiro imóvel por meio dessa linha. O restante do valor do imóvel poderá ser financiado em até 80%, sendo que o comprador deverá completar o pagamento com recursos próprios.
A previsão é que a nova modalidade comece a funcionar a partir de 5 de maio, estando disponível em todos os bancos que aceitarem as condições exigidas. As instituições financeiras interessadas terão que aportar recursos próprios e da caderneta de poupança em volume equivalente à parte financiada pelo FGTS.
A meta do governo é viabilizar cerca de 120 mil moradias para esse novo público até o fim de 2024, considerando um valor médio de imóvel na casa dos R$ 250 mil. O financiamento pode ser solicitado por qualquer interessado, mesmo que não seja cotista do FGTS — embora os cotistas tenham direito a uma taxa diferenciada. E mais: Arthur Lira é questionado sobre ser vice de Bolsonaro em 2026. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: O Globo)