Brasília, 28 de Agosto de 2023 – O governo tomou a decisão de nomear a ex-deputada federal Margareth Coelho (PP-PI) como presidente da Caixa Econômica Federal, sucedendo Rita Serrano. A informação foi divulgada com exclusividade pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (28).
Essa mudança estratégica visa a assegurar apoio no Congresso Nacional, especialmente do bloco conhecido como ‘Centrão’, em troca de mais espaço e influência dentro da administração governamental.
Inicialmente, Lula buscava adiar essa movimentação para o próximo ano, mas as pressões emanadas do Congresso o forçaram a agir antecipadamente, visando desbloquear a tramitação de projetos de seu interesse.
A expectativa é de que o anúncio oficial de sua nomeação seja feito ainda nesta semana, coincidindo com uma reestruturação das Vice-Presidências (VPs) da Caixa Econômica Federal.
Assessores de Lula envolvidos nas negociações relatam ao jornal paulista que o acordo, orquestrado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contempla a substituição dos atuais 12 Vice-Presidentes do banco.
Estes cargos serão alocados entre indicados do Partido Progressista (PP), Republicanos e União Brasil, siglas que Lula busca acomodar em sua administração como um meio de garantir apoio para pautas importantes para seu governo, como o arcabouço fiscal de Haddad e a Reforma Tributária, aprovada sob críticas e ainda sem perspectiva de aumentará a carga de impostos no país..
Margareth Coelho, ex-vice-governadora do Piauí, é conhecida por suas ligações com Arthur Lira e com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
Sua trajetória inclui a atual posição como diretora de Administração e Finanças do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa). Sua nomeação reflete a busca de Lula por criar uma equipe que combine experiência, conexões políticas e expertise financeira para cumprir seus objetivos estratégicos.
Ao realinhar a liderança da Caixa Econômica Federal e distribuir posições-chave a partidos do bloco do ‘Centrão’, Lula busca fortalecer sua base de sustentação no Congresso, promovendo um ambiente mais propício para a aprovação das propostas que constituem sua agenda governamental.
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