Arthur Lira alerta Ministro do Trabalho sobre imposto sindical: “não tem respaldo”

direitaonline



O presidente da Câmara, Arthur Lira, abriu espaço na agenda para participar de um Ciclo de Debates, na sede da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil) e conversar com presidentes de federações e associações comerciais, parlamentares e representantes do empreendedorismo.

Ao deputado, o presidente da CACB, Alfredo Cotait, explicou que a entidade quer estreitar a “relação com o Parlamento, já que as outras confederações têm mais relação com o Executivo”.

O objetivo do convite, acrescentou Cotait, é “abrir espaço no Congresso para o segmento das micro, médias e pequenas empresas que não têm muita voz, dando vasão às questões que afligem aos associados”.

Na conversa, Arthur Lira explicou que não poderia deixar de comparecer ao evento, lembrando que na época em que era candidato à presidência da Câmara do Deputados foi recebido na Associação Comercial em São Paulo por mais de uma vez. E mencionou a importância da capilaridade do sistema de associações comerciais que, segundo ele, “deve se movimentar para que as oportunidades de negociação não sejam perdidas por falta de conversa”.

Falando sobre as últimas eleições, Lira disse que o eleitor brasileiro tem ‘particularidades’, pois “elege um presidente progressista e, em sua maioria, um Congresso conservador e daí a dificuldade de se manter o equilíbrio, se posicionar e discutir as matérias com muita profundidade”.

Sobre a Reforma Tributária, o deputado falou que chegaram a um texto possível que foi feito com imparcialidade, afinco por parte dos parlamentares e com segurança jurídica, que ele espera “que seja mantida agora na regulamentação, fazendo a atenção de ouvir a todos e de seguir com as questões relacionadas, dando abertura ao diálogo e sempre com uma saída muito positiva”.

Em relação ao Simples Nacional durante a elaboração da Reforma, o deputado disse que foi dada uma “atenção especial, garantindo todos seus conceitos sem muitas agressões e sem nenhuma modificação, atendendo na maioria 90% ou 100% dos pequenos e médios empreendedores do Brasil”. E deixou claro que o assunto será discutido com muita tranquilidade.

Imposto sindical, não
Lira também disseque um projeto de lei que trata da volta do imposto sindical não será aprovado na Câmara. O tema é de interesse do ministro do Trabalho do governo petista, Luiz Marinho, que quer a imposição de uma “contribuição compulsória” aos trabalhadores repassada aos sindicatos.

“Quando esse assunto vai a plenário ele não tem respaldo, não tem respaldo para invasão de terra, para mudança de leis através de decretos, portarias ou projetos”.

Lira deixou claro que o Congresso tem a maior parte dos representantes como conservadores e liberais e que não vai aprovar o que considera como “retrocessos”, seja na sua gestão ou na de seu sucessor –caso seu indicado seja eleito– na presidência da Casa Baixa.

“Eu conversei com o ministro Marinho e disse a ele que se o plenário da Câmara sentir o cheiro de que ele está querendo alterar a reforma trabalhista ou retornar alguns assuntos que o Congresso não vota, através de resoluções, regulamentações e decretos, os PDLs irão a plenário e nós derrubaremos”, declarou o deputado. Assista abaixo! E mais: Mercadante diz que países não querem Estado mínimo e privatizações. Clique AQUI para ver. (Foto: CACB; Fonte: CACB; Poder360)

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Após citar aplicativo dos Correios para substituir Uber, Ministro do Trabalho agora desconversa

Em debate na Câmara dos Deputados sobre o projeto de ‘regulamentação’ da atividade de motorista por aplicativo, o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, recuou após chegar a dizer que chamaria os Correios para substituir a Uber, no caso da empresa deixar o Brasil. “Posso chamar os Correios, que é uma […]