O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu, junto aos articuladores do Congresso Nacional, as suas pautas prioritárias no Legislativo nessa semana. O petista se reuniu, na manhã desta segunda-feira (3/6), com Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais, líderes no Congresso, Senado e Câmara, além dos secretários-executivos da Casa Civil e da Fazenda.
Após o encontro, Padilha destacou que três pautas são importantes nesta semana: “O Mover, que já está no senado. A LCD [Letras de Crédito do Desenvolvimento] do BNDES, aprovado na Câmara, e buscar aprovar o Acredita, programa de apoio ao microcrédito”.
“São esses três temas prioritários para buscar na pauta prioritária. A concentração é em buscar avançar nas votações esta semana no Senado e na Câmara”, detalhou.
Padilha também insistiu na necessidade da “participação ativa do governo na regulamentação da reforma tributária“. A regulamentação será o foco do governo em junho e julho, segundo o ministro, para tentar aprovação antes do recesso parlamentar, em 18 de julho.
Padilha ainda falou que as reuniões com os articuladores do Legislativo devem passar a ser semanais. Elas estavam suspensas pelo foco do presidente Lula no “resgate ao Rio Grande do Sul”.
“Era um pedido nosso e que organiza a pauta semanal e mensal do Congresso. Reforça a atuação. É importante, uma avaliação do presidente, é uma avaliação positiva em relação à pauta prioritária do governo”, afirmou.
Minimizou
Alexandre Padilha também minimizou as derrotas que o Planalto sofreu no Congresso na semana passada. Disse que governo não se “surpreendeu”. “Nada do que aconteceu na sessão do Congresso surpreendeu os articuladores políticos do governo. Nada. E nós fizemos o debate, porque esse debate é necessário ser feito”, disse o ministro em fala a jornalista depois de reunião com líderes do governo no Congresso.
Conforme o ministro, apesar das derrotas, o Planalto continua tendo uma relação positiva com o Legislativo. “Eu sempre digo para vocês: é muito raro um time ser campeão de um torneio de pontos corrigidos, sem ter algum tido de derrota”, declarou. Padilha reconheceu ainda a dificuldade do debate para a aprovação da lei que proibiu as saídas temporárias de presos para visitar familiares.
“Em relação ao tema das ‘saidinhas’, a avaliação política anterior que já existia é de que era muito difícil o Congresso Nacional, que votou por ampla maioria, inclusive congressistas do PT, provar que é um tema que não envolve governo e oposição”, afirmou, sem mencionar que poucos parlamentares petistas votaram para derrubar o veto; a maioria estava alinhado à decisão de Luiz Inácio de vetar o fim das ‘saidinhas’. Veja abaixo! (Foto: Ministério; Fontes: Metrópoles; Poder360)