Líder de facção é solto em plantão judiciário, decisão é revogada, mas criminoso desaparece

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No dia 3 de outubro, o desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), ordenou a libertação de Ednaldo Freire Ferreira, conhecido como “Dadá”, um dos principais líderes de uma facção criminosa na Bahia, durante o plantão judiciário. No entanto, horas depois, o desembargador Julio Travessa revogou essa decisão após um pedido do Ministério Público estadual.

Apesar da revogação, Ednaldo Freire Ferreira não pôde ser encontrado novamente e continua foragido até a tarde de quinta-feira (12).

A defesa do criminoso alegou que ele tem um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3 (CID F84.0) e que o filho é dependente da presença do pai.

‘Surpreendentemente’, esse argumento já havia sido utilizado por Dadá para conseguir prisão domiciliar em setembro de 2022, quando estava detido em um complexo penitenciário do estado. Naquela ocasião, ele também fugiu e não respeitou as medidas cautelares.

Ednaldo havia sido preso novamente em setembro deste ano por agentes da Polícia Rodoviária Federal na BR-232, em Sertânia, Pernambuco, enquanto dirigia um veículo SW4 Diamond avaliado em mais de R$ 400 mil.

Ele também tinha um mandado de prisão em aberto emitido pela ‘Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador’. Após sua prisão, foi encaminhado para o Presídio de Itaquitinga 2, uma unidade de regime disciplinar diferenciado em Pernambuco.

No início deste ano, Ednaldo também foi alvo da operação Tarja Preta, realizada pela Polícia Federal, Polícia Militar e Exército, que resultou em 35 mandados de prisão em vários estados do Brasil.

Dadá é um dos fundadores da facção criminosa ‘Bonde do Maluco’ (BDM) e enfrenta acusações por crimes como homicídios, tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo e lavagem de dinheiro em Salvador. Sua ascensão no mundo do tráfico ocorreu após a morte de José Francisco Lume, conhecido como Zé de Lessa, em 2019.

Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, de Flávio Dino, expressou críticas à decisão de soltura nas redes sociais; o estado da Bahia, comandado pelo PT (desde 2007) vive uma mega crise de segurança pública.

“Líder da principal facção criminosa da Bahia foi solto no plantão judiciário por um desembargador, num domingo, às 20h42. Quando outro desembargador revogou a decisão já era tarde demais, ele havia desaparecido. É normal? É aceitável?”, questionou.


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Fonte: R7; O Globo; Correio24h
Foto: reprodução; divulgação

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