Milei chama Mercosul de ‘prisão’ para países membros

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O presidente da Argentina, Javier Milei, assumiu na última sexta-feira a presidência pro tempore do Mercosul, durante a cúpula de chefes de Estado em Montevidéu. Em seu discurso, o líder argentino fez duras críticas ao bloco, classificando-o como “uma prisão que impede que os países membros aproveitem suas vantagens comparativas e seu potencial exportador”.

De acordo com Milei, seu pronunciamento seria mais técnico do que político, focando nas falhas que, segundo ele, comprometem a eficácia do Mercosul.



Um dos principais alvos do presidente foi a Tarifa Externa Comum (TEC), que impõe taxas sobre as importações de fora do bloco. Milei apontou que a rigidez da TEC, juntamente com outras barreiras comerciais internas e externas, prejudica o desenvolvimento econômico dos países membros.

“A rigidez da TEC e outras inumeráveis barreiras não tarifárias, que inventamos ao longo dos anos, tanto para o comércio dentro do Mercosul quanto com o mundo, estão deterioradas”, afirmou o presidente argentino, completando: “Nos consolidarmos num bloco comum não apenas não nos fez crescer, mas também nos prejudicou, enquanto vizinhos como Chile e Peru se abriram ao mundo.”



Milei também demonstrou entusiasmo por um possível acordo bilateral com os Estados Unidos após a posse de Donald Trump em janeiro de 2025. O presidente argentino está convencido de que o modelo atual do Mercosul está esgotado, e defende uma nova abordagem para fomentar o comércio e a prosperidade.

“Temos de buscar uma nova fórmula que nos beneficie a todos, para que todos possamos comercializar mais e melhor, porque o comércio é o que gera prosperidade e vai terminar com o flagelo latino-americano que é a pobreza”, declarou.



Durante a sua visita ao resort de Trump, Mar-a-Lago, na Flórida, Milei discutiu a possibilidade de negociar diretamente com os Estados Unidos, algo que o Mercosul impede devido à regra de negociação “quatro mais um”, que exige que o bloco aja de forma unificada em negociações com outros países ou blocos.

Milei lembrou que, enquanto outras nações avançaram economicamente, a Argentina rejeitou uma proposta de livre comércio com os EUA nos anos 2000, que ficou conhecida como a Área de Livre Comércio das Américas (Alca).



“Enquanto o resto do mundo se expandia, nós dissemos que não aos Estados Unidos, que oferecia um acordo de livre comércio com todo o continente. Mas essa besteira, fantasiada de nacionalismo, custou caríssimo para nossos povos”, criticou o presidente.



A imprensa local diz que a negociação com Trump será uma das prioridades de Milei para 2025, embora o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tenha expressado ceticismo quanto a essa estratégia, considerando-a uma “ingênua ilusão” do presidente argentino. Veja trecho abaixo! E mais: Concurso público para a Polícia Federal terá 192 vagas. Clique AQUI para ver. E clique AQUI e APOIE nosso trabalho.(Foto: reprodução redes sociais (via R7); Fonte: Globo)

 

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