No acumulado de janeiro a outubro de 2023, o Investimento Direto no País (IDP) registrou uma entrada líquida de US$ 44,9 bilhões, revelando uma queda significativa em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (4.dez.2023) indicam uma redução de 39,8%, marcando o menor valor para esse intervalo desde 2020, quando a pandemia de covid-19 impactou os investimentos. Baixe o relatório na íntegra -> estatisticas-setor-externo-bc-4dez2023
O IDP, diferentemente dos recursos estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), engloba a movimentação financeira destinada a ganhos de longo prazo, como investimentos em negócios, empresas, abertura de filiais multinacionais e projetos de infraestrutura.
Antes de 2020, o IDP não havia registrado valores inferiores a US$ 44,9 bilhões de janeiro a outubro desde 2009, quando atingiu US$ 23,2 bilhões.
As projeções do mercado financeiro para o saldo do investimento direto no país em 2023 foram ajustadas de US$ 62,6 bilhões para US$ 62,8 bilhões, conforme apontado pelo Boletim Focus.
Em outubro de 2023, o saldo do investimento direto no país foi de US$ 3,3 bilhões, representando uma queda de 43,3% em relação ao mesmo mês de 2022. O Banco Central destaca um ingresso líquido de US$ 4,7 bilhões em participação no capital e uma saída líquida de US$ 1,4 bilhão em operações intercompanhia nesse período.
Ao considerar os últimos 12 meses até outubro, o saldo total do IDP alcançou US$ 57,5 bilhões, equivalente a 2,74% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor representa uma diminuição em relação aos US$ 60 bilhões até setembro e aos US$ 74,5 bilhões registrados em outubro de 2022.
A análise do comportamento do IDP destaca as flutuações nos investimentos estrangeiros de longo prazo no país, evidenciando desafios e tendências que podem influenciar a economia brasileira nos próximos anos.
Inflação e PIB
Também nesta segunda-feira foi divulgada mais uma rodada de previsão para a inflação e o PIB do Brasil. O mercado financeiro prevê uma inflação de 4,54% ao fim deste ano, número é ligeiramente superior ao previsto há uma semana pelo Boletim Focus (4,53%); e abaixo dos 4,63% estimados há quatro semanas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. As informações são do Boletim Focus, publicação divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (foto).
Para 2024, a previsão é de uma inflação de 3,92%. Há uma semana ela estava em 3,91% A expectativa para os anos subsequentes (2025 e 2026) mantém-se estável há várias semanas em 3,50%.
A estimativa está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
Câmbio, Selic e PIB
O mercado reduziu para R$ 4,99 a previsão da cotação do dólar para o fim deste ano. A previsão anterior era de que a moeda norte-americana fecharia o ano a R$ 5. Para 2024, a previsão é de que o dólar esteja cotado a R$ 5,03 em 2024; e a R$ 5,10 em 2025.
Já a previsão para a taxa básica de juros (Selic) se mantem estável – há 17 semanas – em 11,75%. Para 2024, o mercado financeiro aposta em uma Selic de 9,25%.
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira está estável pela segunda semana seguida, com o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma todas os bens produzidos no país – em 2,84% em 2023; 1,50% em 2024; 1,90% em 2025; e 2% em 2026. E veja também: Novo áudio contradiz versão de Janones sobre rachadinha. Clique AQUI para ver.
APOIO!
Pix: Você pode nos ajudar fazendo um PIX ? Precisamos de sua ajuda!
Nossa chave de acesso é direitaonlineoficial@gmail.com | Banco Santander