Alexandre de Moraes determinou, na última quarta-feira (17), que a Polícia Federal investigue o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), por suspeitas de ‘incentivo’ a atos no Rio Grande do Sul e em Brasília após a vitória de Lula na eleição presidencial.
Zucco foi o autor do requerimento que criou a CPI do MST e depois foi eleito presidente da mesma comissão. A instalação da investigação contra o movimento foi confirmada também na quarta (17), mesmo dia em que Moraes autorizou a investigação contra o parlamentar.
O deputado foi alvo de uma ‘notícia de fato’ levada ao MPF a respeito de suposto “patrocínio e incentivo” a bloqueio de estradas após o resultado das eleições presidenciais.
A denúncia, que inclui publicações feitas por Zucco nas redes sociais antes de sua posse na Câmara, foi remetido ao STF pelo TRF da 4ª Região (TRF4), a pedido do MPF, diante do foro privilegiado de Zucco na Corte.
A PGR da 4ª Região também defendeu que a investigação fosse para o STF porque “tramitam de modo concentrado na Suprema Corte diversos inquéritos correlatos, inclusive envolvendo pessoas não detentoras de prerrogativa de foro, mas lá investigadas por força de eventual conexão”.
Na quarta, Moraes determinou que a PF siga com a apuração. “Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, para continuidade das investigações”, decidiu o ministro. A documentação foi disponibilizada à PF nesta sexta-feira (19).
